Luiza Vinhosa Rabelo nasceu em 8 de julho de 1989 em Niterói (RJ). Aos três anos de idade, mudou-se com seus pais para Itaperuna (RJ). Desde pequena, sempre gostou muito de ler sobre diversos assuntos, inclusive científicos. Mas foi na quinta série do Ensino Fundamental quando se apaixonou pela disciplina de História, tomou conhecimento sobre a existência da Arqueologia e apaixonou-se também por ela. Sua professora de História Renata explicou o que os arqueólogos fazem, ensinou sobre as principais teorias de chegada dos primeiros homens e mulheres à América, sobre os sítios de arte rupestre da Serra da Capivara e sobre os sambaquis. Tudo isso a fascinou e foi nessa época que ela decidiu que no futuro seria arqueóloga.
No 3º ano do Ensino Médio, em 2006, descobriu que havia somente um curso de graduação em Arqueologia ativo no Brasil, localizado em São Raimundo Nonato (PI), na Universidade do Vale do São Francisco (Univasf). Como não tinha possibilidade de mudar-se para tão longe de onde vivia, decidiu prestar vestibular para História, que também lhe encantava muito. Em 2007, iniciou seus estudos na faculdade de História da Universidade Federal Fluminense (UFF) em Niterói (RJ), onde voltou a morar e onde reside até a hoje. Durante a graduação deu ênfase aos estudos sobre história indígena. Foi bolsista de iniciação científica sob orientação da Professora Doutora Maria Regina Celestino de Almeida, especialista no assunto.
A monografia de conclusão de curso de Luiza intitulada “A religiosidade tupinambá no Rio de Janeiro quinhentista: Palco de conflitos e negociações entre diferentes atores sociais” tratou sobre as relações de contato entre as populações indígenas Tupinambá e os europeus no século XVI. Ela a redigiu a partir da análise de crônicas escritas por missionários e viajantes do século XVI. Em 2016, Luiza ingressou no mestrado em Arqueologia no Museu Nacional/UFRJ, onde aprofundou seus estudos sobre as relações de contato entre indígenas e europeus. Sob orientação da Professora Doutora Rita Scheel-Ybert e sob coorientação da Arqueóloga Doutora Angela Buarque, analisou artefatos cerâmicos oriundos de sítios arqueológicos Tupiguarani de Araruama (RJ) e, a partir dessa análise, redigiu a dissertação “A cultura material Tupiguarani dos sítios arqueológicos de Araruama (RJ): O que dados arqueológicos ‘mudos’ têm a dizer sobre as sociedades Tupinambá?”. Os sítios estudados datam desde o período pré-colonial até o século XVI, o que lhe possibilitou estudar mudanças e continuidades nas cerâmicas Tupiguarani durante o período do contato com os europeus a partir de uma análise comparativa.
Luiza concluiu seu mestrado em 2018 e, desde então, vem participando de cursos, congressos e simpósios para aprofundar e ampliar seus conhecimentos sobre arqueologia e história.