Abaixo apresentamos dois textos para explicar essas diferenças. Um mais simplificado, e outro mais longo e mais profundo.
Distinguindo as duas áreas de uma maneira simplificada
Por João Carlos Moreno de Sousa
O pensamento de que a Arqueologia é uma subárea da Antropologia, ou de que ambas são a mesma coisa, ainda é muito comum atualmente. Mas para a maior parte dos acadêmicos, principalmente aqueles que não seguem a escola estadunidense de antropologia, essa questão já foi superada há décadas, uma vez que ambas as áreas, apesar de terem objetivos similares, possuem objetos e métodos de estudo bastante distintos. Em resumo, são duas áreas muito diferentes.
Antropologia é apenas uma das áreas acadêmicas a qual arqueologia ainda é confundida. Afinal, ainda é muito comum que muita gente (em grande parte por culpa da má divulgação feita pela mídia) insista em confundir a Arqueologia com a História, com a Antropologia ou, até mesmo, com a Paleontologia.
Apesar de ser considerada uma visão ultrapassada pela maioria das pessoas com formação em cursos de Arqueologia, infelizmente a Arqueologia ainda é entendida como um campo da Antropologia pela escola de Antropologia estadunidense, que possui uma grande influência na América Latina. No Brasil essa influência existe, mas em escala bem menor, já que nossa arqueologia também surgiu graças a mais de uma influência, como a de pré-historiadores franceses, por exemplo.
Muitas pessoas não entendem que a Arqueologia tem “vida própria” e não precisa estar relacionada à Antropologia. Ou seja, você não precisa ser um antropólogo para só depois se tornar um arqueólogo. Aliás, isso é considerado contraproducente, uma vez que atrasa o ensino de disciplinas importantes da arqueologia, ou obriga o estudante a se especializar em alguma subáreas da arqueologia sem ter o conhecimento básico das outras subáreas.
A Arqueologia teve diversas origens enquanto uma área de estudo acadêmico. Por exemplo, na França a Arqueologia era entendida como um ramo auxiliar da História, sendo a disciplina científica que tratava de estudar os artefatos de sociedades que já dominavam a escrita. Já o estudo das sociedades mais antigas era chamada de Pré-História, apesar do método de estudo ser o mesmo. No entanto, em outros lugares, a arqueologia nasceu nas “Ciências Naturais” como foi o caso da Inglaterra e de países do extremo oriente como a China e o Japão. Foi só nos Estados Unidos que a arqueologia surgiu como um ramo da Antropologia, difundindo essa visão para outros países que ainda haviam desenvolvido a arqueologia acadêmica na América Latina. Ou seja, mesmo há um século atrás essa visão de que a arqueologia é um campo da Antropologia não era compartilhado por todos os acadêmicos.
Atualmente, essa visão está muito longe de ser um senso comum. Tanto é que arqueólogos em sua formação estudam apenas um pouco de antropologia, estudando também biologia, geologia, ciências exatas e metodologia científica. Já os antropólogos raramente estudam arqueologia em suas formações, dada a falta de disciplinas na área durante os cursos de sua formação acadêmica. A exceção fica (ou deveria ficar) por conta dos cursos de Antropologia que possuem linha de formação em arqueologia – seguindo a abordagem estadunidense -, mas mesmo estes muitas vezes carecem destas disciplinas em suas grades.
Basta conferir a grade curricular dos cursos de graduação em Antropologia e verificar que as diferenças com as grades curriculares dos cursos de Arqueologia são significativas. E quando há alguma disciplina voltada para a arqueologia num curso de Arqueologia, pode ter certeza que é porque existe um arqueólogo lecionando nesse curso (o que também é raro, mas pode auxiliar os estudantes de Antropologia que tem interesse em se tornarem arqueólogos no futuro).
É preciso observar que os cursos acadêmicos de Arqueologia e Antropologia possuem, cada um, grades curriculares específicas voltadas para a formação de profissionais específicos. Na Arqueologia o ensino de métodos para estudo da humanidade é abordada de forma diferente da que é abordada num curso de Antropologia. Outra diferença é que a Arqueologia possui uma grade curricular muito ampla que inclui disciplinas dos outros campos acadêmicos (Biociências, Geociências e Exatas), o que não ocorre (ou raramente ocorre) na grade curricular de um curso de Antropologia, que foca principalmente no estudo da cultura, já que em termos biológicos o foco é apenas a biologia humana. Isso se deve aos objetivos próprios das diferentes formações. Fora isso, em cursos de arqueologia existem disciplinas voltadas à metodologia científica, o que raramente ocorre em cursos de Antropologia, já que a Antropologia nem sempre utiliza, ou precisa, de métodos científicos em seus estudos, assim como a História.
Mas, se por um lado os estudantes de Arqueologia tem um aprendizado muito maior sobre escavações e análise de artefatos antigos, os antropólogos tem um aprendizado muito maior no estudo das culturas vivas, como seus costumes, mitologia, religião, organização social e política, etc. Ou seja, em termos mais simples, os antropólogos, por terem seu foco de estudo em grupos humanos vivos, conseguem estudar coisas que os arqueólogos não conseguem. Portanto, os arqueólogos recorrem aos métodos de investigação científica, atuando como um “detetive para acontecimentos antigos”, já que os grupos estudados já não existem.
Por terem longas e distintas trajetórias acadêmicas em diferentes partes do mundo, as definições daquilo que é Arqueologia e o que é Antropologia mudaram com o passar das décadas. Essas mudanças estão ligadas àquilo que os arqueólogos e antropólogos tomavam como objeto de estudo. Portanto, diversas definições para ambos os estudos surgiram ao longo de mais de um século. Atualmente, mesmo com alguma divergência entre algumas definições, há um senso comum para aquilo que se entende como Arqueologia e como Antropologia, partindo dos seus objetivos, seus objetos de estudo, suas abordagens de estudo e o seu ensino acadêmico.
Arqueologia é uma ciência cujo objetivo é entender os aspectos bioculturais da humanidade através do estudo de quaisquer vestígios materiais relacionados a atividades humanas.
Antropologia é um apanhado de estudos, focados principalmente na observação do cotidiano de populações, mas que em muitos casos também faz uso da metodologia científica, com o objetivo de entender a humanidade estudando as culturas de populações vivas.
Isso não quer dizer que antropólogos não possam fazer um trabalho que, por definição, está mais ligado à Arqueologia e vice-e-versa. As definições colocadas acima apenas dão uma ideia geral daquilo que a Arqueologia e a Antropologia estão mais relacionadas atualmente, ainda que elas possam se combinar em alguns casos.
De uma forma bem simplificada, diferenças e similaridades com relação aos dois tipos de estudo podem ser colocadas da seguinte forma:
Arqueologia |
Antropologia |
Tem como objetivo geral entender a humanidade, principalmente aspectos culturais e biológicos. |
Tem como objetivo geral entender a humanidade, principalmente a cultura de grupos contemporâneos. |
Escava sítios arqueológicos e analisa qualquer tipo de vestígio material ligado a atividades humanas (pedras lascadas, registros rupestres, restos de plantas e animais, cerâmicas, metais, vidros, etc) em laboratórios especializados. |
Estuda as pessoas diretamente, observando sua organização social e política, costumes e rituais, mitologias e comportamento no dia-a-dia. |
É uma ciência. Segue teorias, métodos e técnicas científicas de análise. Propõe e testa hipóteses científicas. Em muitos casos, aplica experimentos. |
É um apanhado de estudos que incluem tanto a ciência (incluindo experimentos) quanto registros descritivos. |
Compreende todo o período de existência do gênero Homo e e de hominínios ancestrais – Desde cerca de 7 milhões de anos atrás até o presente. |
Compreende o presente, recuando no passado apenas para traçar possíveis relações de ancestralidade a partir de dados obtido pela arqueologia. |
Isso não quer dizer que antropólogos nunca estudam grupos humanos vivos, ou que antropólogos nunca analisam artefatos e esqueletos humanos. O que acontece é que os profissionais de cada uma dessas áreas não são treinados e qualificados para coordenar pesquisas da outra. Logo, há uma tendência maior no tipo de estudo que cada profissional faz.
Distinguindo as duas áreas em termo mais complexos
Por Anibal Carvalho de Godoy e Geraldo PMJ
A humanidade sempre se interessou por seu passado e por outras sociedades. Mesmo na antiguidade mais remota, podemos encontrar vestígios da curiosidade humana sobre o passado e sobre os povos que circunscreve grupos sociais específicos. Seja na forma de manter na memória as grandes sagas dos antepassados ou sobre as necessidades de estabelecer contatos com vizinhos, para fazer intercâmbios de produtos alimentícios, manufaturados, armas, para o casamento, ou para fazer a guerra, os diferentes grupos humanos mantiveram firmes a necessidade de conservar sua história e sua identidade em relação à humanidade mais vasta da qual são conscientes e fazem parte.
Tanto a antropologia como a arqueologia são áreas de estudo acadêmico que passaram a ter como objeto de estudo esses interesses da humanidade. Ambas as áreas possuem focos bastante específicos sobre que parte das ações humanas estudar, mas possuem, cada uma delas, seus próprios recursos, métodos, teorias e limites sobre o que descrever, explicar e compreender.
É sempre possível recuar bastante no tempo para dizer que os primórdios de ambas as disciplinas estão entre os gregos da antiguidade, porque podemos encontrar descrições detalhadas de objetos materiais e do contato com outras culturas nos escritos da Grécia clássica. Mas, preferimos tomar como marco de referência as grandes navegações que levaram à conquista da América.
Sobretudo no caso da antropologia, o contato com os povos americanos causou uma reviravolta no pensamento europeu porque os fez rever suas próprias questões sobre a humanidade, sobre a religião, sobre seus modos de vida e sua história. No caso da arqueologia, o contato dos europeus com os povos do Oriente Médio, desde a Mesopotâmia, a antiga Grécia e o Império Romano já traçavam uma espécie de continuidade histórica que construiu sua forma de existir no mundo e sua identidade. Ainda, assim, o contato com povos Americanos, e mais adiante na história, por volta do século XVIII, o conhecimento dos interiores do continente africano e a Oceania, permearam o espírito europeu com indagações sobre suas origens, a origem da humanidade e seu desenvolvimento e as diferenças sócio-históricas presentes nestes grupos humanos.
A Arqueologia como ciência, no entanto, surgiu no século XVIII, já a Antropologia como uma área acadêmica nasceu no final do século XIX. Podemos tentar entender o objetivo das duas áreas a partir de seus nomes – Arqueologia vem do grego archaios, que significa Antigo e logos, que significa estudo, sendo assim a Arqueologia nasceu como sendo o “estudo do antigo”. A Antropologia, cuja origem etimológica deriva do grego anthropos (humano / pessoa) e logos, significa o estudo da humanidade. Entretanto, estas definições etimológicas (a partir do significado original da palavra) não são capazes de abarcar seus objetos de estudo e sua definição atualmente. Estudo antigo, pode estar relacionado à história ou a qualquer estudo que se faça do passado, sendo ou não arqueológico, como o paleontológico. Tampouco dizer que o estudo da humanidade define a antropologia porque podemos pensar sobre qual aspecto da humanidade a antropologia está focada, uma vez que estudar a humanidade significa muita coisa, e tanto a arqueologia como a história, a geografia, a linguística e outras áreas também o fazem.
Nos Estados Unidos, a Antropologia é entendida como um grande campo de estudos científicos que abarca quatro grandes subáreas. Elas são: antropologia cultural, antropologia linguística, antropologia biológica e arqueologia. Em outros países do mundo, não obstante, não há consenso sobre esses quatro campos da antropologia, sendo a arqueologia separada da antropologia, ainda que algumas teorias arqueológicas estão relacionadas ou recorrem à teorias sociais elaboradas no âmbito antropológico.
Esta demarcação é útil porque nos ajuda a delimitar as diferentes áreas. A antropologia, desde seu nascimento no final do século XIX, privilegiou estudar os povos não europeus com os quais estava em contato nas grandes navegações da conquista americana e da era dos impérios que acentuou as invasões e os contatos com povos bastante remotos do mundo. Desde aqueles que viviam nas densas florestas tropicais da América Latina até os povos das Ilhas Salomão, na Melanésia. No entanto, desde a primeira metade do século XX, a antropologia passou a estudar as sociedades modernas e as sociedades que se abriam ao mundo moderno e ocidental.
Os estudos antropológicos buscaram, e ainda buscam, entender as formas de organização social, os meios de vida, o desenvolvimento tecnológico e as soluções que esses povos encontraram para manter suas vidas e culturas vivendo em regiões às quais o meio ambiente e a fonte de recursos são bastante diferentes dos que estavam acostumados os europeus. Por exemplo, os estudos antropológicos explicaram e descreveram a existência de sociedades viventes que se organizam socialmente sem a presença do Estado, de um centro de poder do qual emanam o direito, a justiça, o ordenamento político, a organização econômica, etc.
Com as rápidas transformações provocadas pelas mudanças políticas desde as Revoluções Industrial e Francesa, os povos a partir dos quais a Antropologia se legitimou como ciência vêm enfrentando inúmeros desafios que também se transformaram em objeto de estudo da Antropologia. Por exemplo, quais são os problemas que surgem para a vida dos povos indígenas brasileiros tendo de conciliar seus modos de vida com a democracia institucionalizada? Isto é, qual a relação existente entre Estado e comunidades indígenas? Ou ainda, para nos afastarmos de nossas referências, como os países árabes tiveram de se adaptar a ideia de democracia, governo constitucional e as bases do Islã, estabelecidas há mais de um milênio e arraigada nos modos de vida dos povos árabes, desde à Índia ao Marrocos? Todos estas perguntas são temas de estudos antropológicos contemporâneos, dentro muitos outros.
De modo que podemos dizer, com alguma segurança, que a antropologia é a ciência das diferenças e semelhanças existentes entre os grupos humanos. A base de seus estudos é a observação direta da manutenção, mudança e reprodução dos modos de vida em diferentes contextos da vida social. Este contato com diferentes povos permitiu à Antropologia acumular uma quantidade muito grande de dados sobre a humanidade ressaltando suas semelhanças e diferenças, lançando luzes sobre processos sociais abertos, revelando que diante do humano sempre é possível pensar em caminhos muito diversos para a resolução de inúmeros problemas.
É crucial enfatizar seu aspecto científico, porque há equívocos bastante grosseiros sobre a definição da antropologia enquanto ciência. Ela possui teorias próprias, métodos próprios, analítica específica e técnicas para seus distintos objetos. Uma das grandes áreas desenvolvidas pela antropologia com uma análise própria é o estudo do parentesco, que se constituiu como uma das áreas mais formalizadas da antropologia, havendo mesmo antropólogos que propõem uma álgebra do parentesco. Ao mesmo tempo, desde a aurora dos tempos, a antropologia recorreu aos métodos indutivos, dedutivos e hipotético dedutivos aos resultados de suas investigações. Outra conquista científica da antropologia é a invenção do conceito e da teoria de redes sociais, na década de 50, com a Escola de Manchester, que se enfrentava com a complexidade das sociedades africanas e suas complicadas relações sociais. Outra das grandes conquistas científicas da Antropologia foi a ênfase na busca de padrões culturais, linguísticos, artísticos, arquitetônicos, musicais, etc. De modo que, pensar que a Antropologia é um campo de estudos que não utiliza de métodos científicos é um equívoco que expressa desconhecimento de sua história e de sua contribuição civilizatória para a ciência.
A Arqueologia, por sua vez, se defrontou com um problema maior em relação à Antropologia, pois os seres humanos do passado não estão presentes para mostrar como se organizavam, como criavam seus objetos materiais, como cultivavam a terra, construíam suas casas ou como conduziam suas atividades espirituais, teve de buscar nos vestígios materiais indícios que sugerissem o modo de vida das sociedades do passado. Para tanto, desenvolveu metodologias e técnicas científicas particulares para resgatar esses vestígios de modo a preservar informações que esses materiais podem fornecer. Por isso, durante as escavações, se tem o cuidado de registrar como esses materiais estão dispostos no sítio arqueológico. Esta disposição é chamada em arqueologia de “contexto arqueológico”. Isso tem implicações para as inferências que os arqueólogos farão. A arqueologia também é responsável por descrever e explicar as continuidades e mudanças que atravessaram a história humana e nos fazer repensar nosso passado e os processos que nos fizeram como tais.
Felizmente, a Antropologia pode recorrer diretamente aos seres humanos que vivem a cultura que querem estudar. Esse contato direto com os grupos humanos é fundamental na Antropologia e permite que o antropólogo acompanhe o dia a dia das pessoas seus afazeres, desde a hora que despertam até o momento em que adormecem. Isso permite que o antropólogo observe os detalhes da vida cotidiana e extraia dela os fundamentos da vida social, desde a educação infantil, a tecnologia, os rituais, a moralidade, os códigos sociais em situações formais, cerimoniosas, a organização política e as atividades econômicas. Mas, o antropólogo não se limita a apenas observar. Da observação, da entrevista, das notas pessoais e da teoria antropológica existente, se infere padrões de organização, de estrutura social ou de processos de mudança a que toda sociedade está submetida.
De fato, uma das grandes questões existente na Antropologia ainda hoje é o como elaborar teorias e métodos que possam descrever ou explicar a mudança social, já que nem mesmo a ciência consegue responder todas as questões. E esta é uma das tarefas mais desafiadoras, pois permite que a Antropologia seja um instrumento que oferece entendimento, explicação e elementos de juízo que ajudem a pensar uma sociedade do futuro. Isto é, não basta apenas explicar como as sociedades são como são, mas como poderiam chegar a ser.
No que se refere à Arqueologia, ainda que muitas sociedades já estejam extintas, nem por isso ela deixa de oferecer elementos bioculturais através dos quais um marco de compreensão das sociedades, passadas e presentes passam a ser pontos de partida e fundamentais como supostos científicos sobre as capacidades humanas de inventar, viver e reproduzir sua cultura e sua biologia com sucesso ou evidenciar os fatores de declínio de sociedades.
Indicações de livros de Antropologia:
Cultura – um conceito antropológico – Roque Laraia: http://library.lol/main/B2DE2E47BD26CABAEF81725CE0A6E24B
Cultura: la versión de los antropólogos – Adam Kuper: http://library.lol/main/7739236D150B1765596C88983896D956
Antropologia Cultural – Franz Boas: http://library.lol/main/99A1E728C63E3698A8767D9E0FA0EF4C
Antropólogos e Antropologia – Adam Kuper (Espanhol): http://library.lol/main/7012BBFB7A32E80D17D7F5565F5FA25A
Argonautas do Pacífico Ocidental – Bronislaw Malinowvki(etnografia): http://library.lol/main/5F18A51110C50A8A75B80E9D3D51D24F
O Roubo da História: como os europeus se apropriaram das ideias e invenções do Oriente – Jack Goody: http://library.lol/main/8DE438C866688CFB0CE265FB63392804
Tristes Trópicos – Claude Lévi-Strauss: http://library.lol/main/A954910862A5F18E83386987C7489C82
Raça e História – Claude Lévi-Strauss: http://library.lol/main/B661C62F185C50B87C24EB03143EED8C