Projeto ArqueoTrekking

sem título

Por: Alessandro Giulliano Chagas Silva
Geógrafo e Guia de Turismo

Introdução

Este projeto nasceu do interesse pessoal pela arqueologia em especial a arte rupestre. O primeiro trabalho foi desenvolvido para a graduação no curso de Geografia da Universidade Estadual de Ponta Grossa sob o título “Pinturas Rupestres do Sítio Arqueológico Abrigo Usina São Jorge – Ponta Grossa, PR”, posteriormente participando do projeto “Caracterização do Patrimônio Natural dos Campos Gerais” foram publicados artigos científicos e participação em simpósios e palestras. Uma experiência marcante foi a participação no salvamento arqueológico realizado na região de Cerro Azul em ocasião da construção do gasoduto Bolívia-Brasil obra que revelou uma riqueza arqueológica nas prospecções.

Buscando unir a Arqueologia que é a disciplina científica que estuda as culturas e os modos de vida do passado a partir da análise de vestígios materiais e/ou imateriais, com a atividade física do trekking ou seja, caminhar por trilhas naturais, desfrutando do contato com a natureza e cercado de belas paisagens em locais pouco conhecidos. Surge então o projeto Arqueotrekking onde o meio ambiente natural e cultural pode ser observado e ao mesmo tempo preservado.

Objetivo

O objetivo principal do projeto é a Educação Patrimonial e Ambiental, e a preservação do Patrimônio Arqueológico através da visitação e contemplação da arte rupestre existente nas paisagens rochosas dos Campos Gerais.

Metodologia

A divulgação do Projeto Arqueotrekking é feita através de palestras e oficinas pedagógicas aos alunos das Escolas Municipais e Estaduais, estudantes de Cursos Técnicos e Universitários. O projeto também é apresentado aos órgãos públicos e instituições que possam promover a preservação de lugares de interesse arqueológico.

A produção de vídeos informativos e de divulgação são realizados em parceria com a “Sem Destino Produções” que sempre acreditou e apoiou o projeto sobretudo pela preservação destes locais divulgando as produções através das redes sociais e canais da internet.

Vídeos do projeto

Primeiro episódio: Tibagi, Paraná

 

Segundo episódio: Ponta Grossa (PR) – Percorrendo Trilhas como na Pré-História

Vídeo premiado com o segundo lugar no festival de curtas sobre o patrimônio cultural de Ponta Grossa.

 

Um terceiro vídeo está em produção, e tratará de sítios arqueológicos da região de Piraí do Sul, cidade do Paraná onde é muito rica a ocorrência de pinturas rupestres.

 

Produção científica

Estudos realizado em parceria com outros pesquisadores, incluindo arqueólogos, nos sítios arqueológicos de Ponta Grossa resultaram em alguns artigos, que podem ser acessados clicando nas referencias abaixo:

SILVA et al. 2006. PINTURAS RUPESTRES EM ABRIGO SOB ROCHA NO SUMIDOURO DO RIO QUEBRA-PERNA, PONTA GROSSA, PARANÁ. UEPG Ci. Exatas Terra, Ci. Agr. Eng., 12 (1): 23-31

SILVA et al. 2007.PINTURAS RUPESTRES DO SÍTIO ARQUEOLÓGICO ABRIGO USINA SÃO JORGE, PONTA GROSSA, PARANÁ. UEPG Ci. Exatas Terra, Ci. Agr. Eng., 13 (1): 25-33i

 

Outros Resultados

Foram realizadas oficinas pedagógicas na Rede Estadual de Ensino (Colégio Estadual Santa Maria, Ponta Grossa), palestras para o Curso Técnico em Guia de Turismo (Colégio Estadual Julio Theodorico), para o Grupo de Estudos em Arqueologia – UEPG, para o curso de Turismo da UNICENTRO-Irati e para o Grupo de Escoteiros Campos Gerais. Apresentação do projeto para o Conselho Municipal do Patrimônio Cultural (primeiro protocolo no ano de 2000 e reabertura do processo em 2013), desta resultou a inclusão do Sítio Arqueológico Abrigo Usina São Jorge ao Inventário Cultural do Município, a fim de que as pinturas rupestres sejam preservadas.

Saídas a campo com grupos particulares com no máximo 10 pessoas à sítios localizados nos municípios de Ponta Grossa e Tibagi. Condução dos estudantes do curso técnico em guia de turismo em 2014 ao Abrigo Cambiju e Morro do Castelo. Condução solicitada pela RPC/TV para matéria sobre divulgação de depredação no Abrigo Usina São Jorge.

Contamos também com uma exposição itinerante de 20 painéis fotográficos e 5 quadros de lajotas com algumas cenas rupestres impressas, o qual tem a finalidade de circular nas instituições de ensino dando o conhecimento e informações sobre nosso rico patrimônio arqueológico.

Clique aqui para saber mais sobre nossas caminhadas ecológicas e arqueológicas.