É difícil condenar alguém por assassinato se o corpo de sua vítima nunca foi encontrado. E é difícil encontrar um corpo uma vez que é enterrado.
Este o problema vem incomodando Pesquisadores da Universidade Nacional da Colômbia, em Bogotá. O grupo de geofísicos forenses têm desenvolvido técnicas que podem ajudar policiais a localizar túmulos clandestinos, incluindo covas coletivas onde as vítimas de crimes de guerra são frequentemente enterrados.
Os pesquisadores planejam simular covas clandestinas enterrando carcaças de suínos em oito diferentes solos e climas em toda a Colômbia. Eles, então, estudam os túmulos com métodos tecnológicos como a utilização de radar de penetração no solo, resistividade elétrica, condutividade e magnetometria.
“Hoje em dia, há milhares de pessoas desaparecidas em todo o mundo que poderiam ter sido torturados e mortos e enterrados em covas clandestinas“, disse Jamie Pringle, da Escola de Ciências Físicas e Geografia da Universidade de Keele, no Reino Unido.
“Este é um grande problema para as suas famílias e os governos que são responsáveis pelos direitos humanos de todos. Essas pessoas precisam ser encontradas e os casos de crimes relacionados precisam ser resolvidos“.
Pringle, que está conduzindo o estudo colombiano, têm igualmente conduzido estudos ao longo de sua carreira como um geofísico forense. Seu trabalho com túmulos clandestinos simulados no Reino Unido ensinou-lhe a detecção de cadáveres que muito depende do entendimento de como o corpo se decompõe em diferentes solos e climas.
Por monitoramento de gases e fluidos do solo , pesquisadores são capazes de compreender melhor estes processos e aplicá-los em casos forenses reais.
O colombiano vai estudar oito locais de pesquisas geológicas distintas ao longo de 18 meses. E os cientistas esperam que a pesquisa vá também permitir-lhes reunir pistas sobre o tempo da morte e sepultamento, que são detalhes importantes durante um julgamento por assassinato.
Colaborações internacionais por geofísicos forenses já têm demonstrado eficiência para localizar o túmulo de vítimas do IRA na Irlanda do Norte, bem como as escavações atuais de covas coletivas na Espanha, que datam da Guerra Civil daquele país.
FONTE: http://www.technewsdaily.com/18052-forensic-scientists-bring-murderers-to-justice.html