Como se tornar arqueólogo(a) no Brasil: Lista de cursos

Texto de João Carlos Moreno de Sousa

Publicado originalmente em 2013

Última atualização: 19/12/2019

Está pensando em se tornar um arqueólogo ou uma arqueóloga? Você já sabe o que é arqueologia? Se você ainda não sabe, clique no link abaixo:

Texto: O que é arqueologia?

Agora que já sabemos o que é arqueologia, e o que fazem os profissionais desta ciência, vamos ver como é possível se formar em arqueologia no Brasil. Pra começar, você pode assistir o vídeo abaixo, onde a arqueóloga Cristiane Amarante, do canal Arqueologia Alternativa, dá 10 dicas para se tornar um arqueólogo ou uma arqueóloga.

No vídeo abaixo, os arqueólogos JuCa e Gabi Mingatos, do canal Arqueologia em Ação, dá mais algumas dicas sobre como se tornar arqueólogo(a) no Brasil.

Ficou interessado? Então vamos entrar em mais detalhe agora.

Quem é considerado arqueólogo/a no Brasil?

A profissão de arqueólogo(a) no Brasil foi finalmente regulamentada em Abril de 2018. De acordo com a lei, são considerados profissionais em arqueologia àqueles que sejam formados em cursos brasileiros de ensino superior reconhecidos pelo Ministério da Educação, ou em cursos de ensino superior estrangeiros desde que o titulo seja revalidado por um curso brasileiro reconhecido pelo Ministério da Educação. No Brasil, são considerados os profissionais que possuam pelo menos uma das seguintes qualificações curriculares

  1. Graduação (plena) em Arqueologia – Cursos de antropologia com habilitação em arqueologia não são considerados.
  2. Mestrado cuja dissertação seja resultado de pesquisa arqueológica + 2 anos e exercício de atividades comprovadas relacionadas ao campo profissional da arqueologia.
  3. Doutorado cuja tese seja resultado de pesquisa arqueológica + 2 anos e exercício de atividades comprovadas relacionadas ao campo profissional da arqueologia.

É importante observar que em cursos de docência acadêmica, apenas podem concorrer profissionais que tenham, pelo menos, mestrado ou doutorado em arqueologia plena – ou seja, formação num programa de pós-graduação em arqueologia (veja mais abaixo quais existem no Brasil). Também não serão considerados arqueólogo(a)s aqueles que possuírem apenas cursos de especialização em arqueologia, independente do seu reconhecimento pelo MEC ou pelo IPHAN.

Ainda serão reconhecidos como profissionais aqueles que concluíram sua formação em Curso de Especialização em Arqueologia  reconhecido pelo MEC antes de 2018 e que tem mais 3 anos de experiência comprovada. Também continuam sendo considerados os profissionais que completaram 10 anos de experiência comprovada até o início de 2018.

Onde fazer uma graduação em Arqueologia?

A opção mais recomendada certamente é cursar uma graduação em arqueologia, mesmo que você já possua outro título de bacharelado (ou licenciatura). Afinal, numa graduação você terá aulas teóricas e práticas durante quatro ou cinco anos (depende da universidade), que te proporcionarão o ensino básico necessário das mais variadas disciplinas desta ciência tão interdisciplinar que é a Arqueologia. Em alguns cursos, você já poderá ir se especializando em algumas subáreas nas quais os professores tem mais experiência, através de estágios, iniciações científicas (inclusive recebendo bolsas) e disciplinas optativas. O título de Bacharel em arqueologia possibilitará o novo profissional a exercer plenamente sua profissão em empresas de licenciamento ambiental, museus, e poderá até dar aulas como professor substituto em universidades, por exemplo. Além disso, o profissional graduado em arqueologia tende a ter mais pontos na avaliação do currículo ao prestar concursos públicos específicos desta área, como concursos para professor de universidades federais, para cargos em instituições governamentais (ex: museus, IPHAN, MPU, etc), e até mesmo para seleção de provas de mestrado e doutorado.

A Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, já teve um curso de graduação em Arqueologia entre os anos 70 e 90. Mas este foi extinto décadas atrás, deixando nosso país sem possibilidade de se graduar na área por praticamente duas décadas.

O Brasil conta hoje com 14 cursos de graduação (bacharelado – não existem licenciaturas) que possibilitam a formação em Arqueologia. Todos os cursos são relativamente novos, tendo sido os cursos da UNIVASF e da PUC GO os mais antigos a serem criados (2005 e 2006 respectivamente).

Dentre todos os cursos mencionados aqui, é recomendado que os interessados verifiquem as informações do curso em seus respectivos sites e vejam as grades curriculares, além da formação e currículo dos docentes. Cursos de arqueologia onde não constam informações básicas como essas e que possuem poucos professores com experiência em arqueologia devem ser vistos com desconfiança. Apenas nove destes cursos foram avaliados pelo Ministério da Educação até início de 2020.

Dos 14 cursos, 12 oferecem a titulação de profissional em Arqueologia. Clique no nome da universidade para saber mais sobre o curso que ela oferece:

  1. Universidade Federal de Sergipe (UFS) (Laranjeiras, SE) – Nota 4 no MEC
  2. Universidade Federal do Rio Grande (FURG) (Rio Grande, RS) – Nota 4 no MEC
  3. Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC GO) (Goiânia, GO) –  – Nota 5 no MEC
  4. Universidade Federal do Piauí (UFPI) (Teresina, PI) – Nota 4 no MEC
  5. Universidade Federal de Rondônia (UNIR) (Porto Velho, RO) – Nota 4 no MEC
  6. Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) (Santarém, PA) – Nota 4 no MEC
  7. Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) (Recife, PE) – Nota 4 no MEC
  8. Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) (Rio de Janeiro, RJ) – Nota máxima pela SEE/RJ
  9. Universidade Metropolitana de Santos (Unimes) (Santos, SP) – Nota 4 no MEC
  10. Universidade do Estado do Amazonas (UEA) (Manaus, AM) – Não avaliado
  11. Universidade do Estado da Bahia (UNEB) (Paulo Afonso, BA) – Não avaliado
  12. Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) (Pelotas, RS) – Não avaliado/iniciado

O curso mais antigo, já citado, oferece o a titulação de profissional em Arqueologia e Preservação Patrimonial:

  1. Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) (São Raimundo Nonato, PI) – Nota 4 no MEC

Um outro curso oferece titulação em Antropologia, mas também permitem que o aluno obtenha o título de bacharel em arqueologia:

  1. Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)  – com habilitação em Arqueologia (Belo Horizonte, MG) – Nota 4 no MEC

É importante notar que cursos que possuem apenas a habilitação em arqueologia são menos recomendados em relação aos anteriores, pois não são cursos em arqueologia plena. Os cursos são de Antropologia, e não possuem a mesma carga curricular em arqueologia dos cursos de graduação em arqueologia plena (todos os outro citados). Portanto, eles não estão em acordo com a legislação, e os profissionais formados nesses cursos não são considerados arqueólogos regulamentados. No entanto, eles servem como uma alternativa a quem não tem condições de cursar em uma das outras universidades já citadas, preparando o aluno que pretende fazer um mestrado na área depois.

Na minha região não existe graduação em Arqueologia… E agora?

Uma das perguntas que os leitores do nosso site mais tem enviado para nosso e-mail é com relação à cursos de arqueologia à distância. Não existe curso (profissionalizante) de arqueologia à distância. Arqueologia é uma ciência que exige muita prática de campo e laboratório durante a formação e, portanto, não é possível fazer isso à distância!

Mas calma! Existem outras soluções! Você pode se formar em outro curso e só depois fazer o mestrado e/ou doutorado (presencial) em arqueologia. Ou até mesmo uma segunda graduação, desta vez em arqueologia, se achar melhor. Dependendo do curso que você optar em fazer, você poderá ter maior ou menor dificuldade em certas subáreas da arqueologia. De todo modo, uma vez que a arqueologia é interdisciplinar e multidisciplinar, praticamente qualquer curso que você fizer te proporcionará algum conhecimento que te ajudará posteriormente, principalmente se você fizer um curso das áreas das ciências ou das humanidades. Além disso, existem universidades que, apesar de não oferecerem cursos de arqueologia, possuem arqueólogos ou professores que tem algum conhecimento na área, e podem ajudar o aluno a iniciar sua formação como arqueólogo ou arqueóloga. Alguns professores ainda permitem que o aluno faça seu trabalho de conclusão de curso (TCC ou Monografia) voltados à arqueologia!

As graduações da área da ciência mais recomendados são:

  • Geologia (ou Geociências) – que fornece o conhecimento fundamental da história da terra, além de fornecer cursos e experiência em: estratigrafia, geofísica, paleontologia e outras disciplinas básicas da arqueologia;
  • Biologia (ou Biociências) – que fornece o conhecimento básico de evolução, anatomia humana, osteologia, botânica, zoologia e demais disciplinas necessárias na arqueologia.

Além disto, ambos os cursos costumam fornecer disciplinas de estatística e metodologia científica além de atividades para adquirir experiência nas duas disciplinas. Ambas as disciplinas são fundamentais para quem pretende se tornar um cientista, o que inclui a arqueologia.

Alguns dos profissionais formados em cursos de Humanidades podem ter certas dificuldades com metodologia de pesquisa científica e estatística no começo, uma vez que estes curso não costumam oferecer estas disciplinas e experiência (alguns oferecem sim, mas é raro). Então caberá ao aluno um esforço pessoal para aprender isso. Os cursos de humanidades mais recomendados são:

  • Antropologia – uma ciência humana/social que carrega uma carga teórica similar à arqueologia. Inclusive, as duas ciências sempre estiveram ligadas uma a outra durante décadas. Principalmente em escolas que ainda consideram a arqueologia uma subárea da antropologia. De modo geral, a maioria das disciplinas irá fornecer conhecimento riquíssimo para um futuro arqueólogo.
  • Geografia – proporciona o ensino básico sobre sociedades, paisagem e dialoga com a geologia, principalmente através da geografia física. As disciplinas de geografia humana também poderão proporcionar conhecimento de grande valor. No entanto, alguns cursos são apenas focados na formação de professores na área, e não serão de muita ajuda.
  • Ciências Sociais – Talvez o mais recomendado, estes cursos geralmente proporcionam um ensino multidisciplinar, focando em cursos teóricos da filosofia, história, geografia, antropologia, (as vezes até mesmo arqueologia!), etc. Inclusive, oferecem disciplinas voltadas à metodologia científica específica das ciências sociais. E mesmo que não sejam totalmente iguais aos dos cursos de arqueologia ou geologia ou biologia, tal conhecimento teórico pode ser de grande valor para a arqueologia.
  • História – Estes cursos podem proporcionar conhecimento, obviamente, do contexto histórico da humanidade. Apesar de raros, alguns cursos permitem que o aluno realize trabalhos na área pré-histórica também, e inclusive oferecem alguma disciplina voltada à arqueologia! Estes cursos são excelente opções quando existem professores ligados a algum grupo de pesquisas em arqueologia. Mas quando não é o caso, cursos de história NÃO são recomendados como uma opção, pois historiadores e arqueólogos, de modo geral, atuam de modos extremamente diferentes, ao contrário do que muitas pessoas podem imaginar. A arqueologia usufrui dos métodos científicos para estudar evidências da história da humanidade, e com isso, escrever ou reescrever tal história. Já os cursos de história são geralmente focados apenas no estudo dos documentos escritos e, portanto, o contexto da história humana anterior ao advento da escrita é deixado de fora. De modo geral, o maior equívoco de quem quer fazer um curso de História para depois fazer um mestrado em Arqueologia é pensar que existem disciplinas em comum, mas isso é um grande engano. Disciplinas em comum entre os cursos de graduação em História e Arqueologia são raras. Alguns dos cursos de história também são focados apenas na formação pedagógica, cuidado!

Ainda assim, não se preocupe se não é possível começar pela formação plena em arqueologia já com uma graduação. A grande maioria dos arqueólogos mais velhos, inclusive professores de cursos de arqueologia, NÃO são graduados em arqueologia. Afinal, até poucos anos atrás esses cursos nem sequer existiam. Apesar de a maioria possuir pelo menos o doutorado em Arqueologia, foi o esforço particular de cada um deles que proporcionou o sucesso destes profissionais que são, originalmente, biólogos, geólogos, antropólogos e principalmente (contrariando o que foi dito agora há pouco) historiadores. Por outro lado, de nada adianta se graduar num curso de arqueologia plena e não se esforçar de maneira alguma, de modo que seu título de bacharel em arqueologia não passará de um mero papel (caso você consiga se formar). Conclusão: curso de arqueologia com certeza é o mais recomendado, mas o que mais vale mesmo é o sua própria força de vontade! Ser arqueólogo é o seu sonho? Vá a luta!

Nota importante: Nenhum curso de mestrado exige que o aluno tenha experiência anterior em arqueologia! Exige apenas que o aluno proponha um projeto de pesquisa e que faça uma prova com base nas bibliografias recomendadas pelo próprio curso. Portanto, você pode, realmente, se formar em praticamente QUALQUER outro curso antes do mestrado, DESDE que você escreva o projeto e passe na prova.

 E os cursos de Mestrado e Doutorado? Como funcionam?

Antes de pensar em entrar na pós-graduação, você primeiro deve se atentar ao fato de que estes cursos funcionam de modo diferente das graduações! Vamos resumir da seguinte maneira: cursos de graduação oferecem o ensino básico da área e suas respectivas subáreas principais, oferecendo muitas disciplinas e certo graus de experiência prática (varia de acordo com a Universidade), e introduzem o aluno à pesquisa científica. Já os cursos de pós-graduação são voltados principalmente à pesquisa, e não fornecem todo o ensino básico.

Você ainda terá de fazer várias aulas, obviamente, mas os cursos de mestrado e doutorado não oferecem a mesma carga de horas de aula que uma graduação. Afinal, você terá de focar é no seu projeto de pesquisa! No Brasil, os cursos de pós-graduação em arqueologia funcionam da seguinte maneira.

Antes de entrar no curso você deve pensar num projeto de pesquisa, voltado a uma área específica da arqueologia, uma subárea de seu interesse pessoal. Você também deve entrar em contato com um professor do curso, de preferência alguém experiente na subárea que você pretende desenvolver seu projeto. Sua vaga depende da disponibilidade do orientador! Depois que você e seu novo orientador já estiverem em acordo, e seu projeto de pesquisa já estiver pronto para ser proposto à universidade, você finalmente poderá se inscrever para garantir sua vaga.

Apesar de não haver concorrência de vagas, como em um vestibular, você ainda será avaliado no seu conhecimento em arqueologia, seu conhecimento em outros idiomas, seu currículo acadêmico (Lattes) e seu histórico escolar de cursos superiores anteriores. Sua nota final dirá se você foi reprovado ou aprovado. Se você for aprovado, sua vaga estará garantida, mesmo que você tenha ficado em último lugar na classificação. Esta classificação servirá, no entanto, para concorrer a uma bolsa. Quanto melhor sua colocação, mais garantida é a chance de você receber uma bolsa mensal (um pagamento) de uma agência do governa federal que durá 2 anos no mestrado e 4 no doutorado. Se você optar por receber a bolsa, caso ela seja oferecida, você não poderá receber qualquer outro tipo de pagamento mensal (um salário, por exemplo).

Estes cursos de pós-graduação são recomendados apenas para aqueles que já tem um domínio básico da teoria e da prática arqueológica. Afinal, as universidades exigem um projeto de pesquisa na área, provas de conhecimento em arqueologia ANTES de começar o curso. Diferente da graduação, que geralmente tem mais ensino em sala de aula, o mestrado e o doutorado geralmente tem poucas aulas. O enfoque de uma pós-graduação é a própria pesquisa que você desenvolverá, com base no conhecimento adquirido nas disciplinas oferecidas pelas pós e na sua formação anterior. Esta pós-graduação ainda servirá para você se especializar em alguma, ou algumas, subáreas da arqueologia.

Quer saber por onde começar a estudar para prestar uma prova de mestrado ou doutorado? Clique no link abaixo:

Sugestões de livros para começar a estudar Arqueologia

Mas eu já sou graduado em Arqueologia! Então pra quê fazer Mestrado e Doutorado?

Além da grande experiência que você terá enquanto um pesquisador (algo que não é muito bem oferecido durante a graduação), esta titulação é uma exigência para diversos cargos importantes! Principalmente se você tem como objetivo permanecer no campo científico, no meio acadêmico. Mesmo que você não tenha esse objetivo, quanto maior é sua titulação, maior serão suas chances de emprego e de um melhor salário.

E onde tem Mestrado em Arqueologia no Brasil?

Atualmente 7 universidade oferecem o título de Mestre em Arqueologia:

  1. Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no Rio de Janeiro (RJ)
  2. Universidade de São Paulo (USP), em São Paulo (SP)
  3. Universidade Federal de Sergipe (UFS), em Laranjeiras (SE)
  4. Universidade Federal do Piauí (UFPI), em Teresina (PI)
  5. Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em Recife (PE)
  6. Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), em São Raimundo Nonato (PI)
  7. Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), em Cachoeira (BA)

Existem ainda 3 universidades que oferecem titulo de Mestre em Antropologia, mas com habilitação para arqueologia:

  1. Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte (MG) – com áreas de concentração em Arqueologia
  2. Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém (PA) – com áreas de concentração em Arqueologia, e até mesmo em Bioantropologia
  3. Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), em Pelotas (RS) – com área de concentração em Arqueologia

É necessário lembrar que os cursos em arqueologia plena são mais recomendados devido a possibilidade de cursar mais disciplinas em arqueologia propriamente dita, além de possuírem um corpo docente mais variado em relação às subáreas arqueológicas.

E onde tem Doutorado em Arqueologia no Brasil?

Atualmente 4 universidade oferecem o título de Doutor em Arqueologia:

  1. Universidade de São Paulo (USP), em São Paulo (SP)
  2. Universidade Federal de Sergipe (UFS), em Laranjeiras (SE)
  3. Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no Rio de Janeiro (RJ)
  4. Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em Recife (PE)

Existem ainda 3 universidades que oferecem titulo de Doutor em Antropologia, mas com habilitação para arqueologia:

  1. Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte (MG) – com áreas de concentração em Arqueologia
  2. Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém (PA) – com áreas de concentração em Arqueologia, e até mesmo em Bioantropologia
  3. Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), em Pelotas (RS) – com área de concentração em Arqueologia

E quanto aos cursos de especialização em Arqueologia?

Os cursos de especialização (também chamados de pós-graduação lato sensu) em arqueologia não são recomendados para quem quer se tornar um arqueólogo profissional e, portanto, não estão listados nesta página! Afinal, a maioria destes cursos é privado, e são voltados apenas à formação de técnicos que atuam em âmbito empresarial. A qualidade de alguns destes cursos no Brasil é muito questionada entre a maioria dos pesquisadores, uma vez que não capacitam ninguém a atuar plenamente como arqueólogo. Cursos de especialização à distância são ainda menos recomendados, uma vez que as atividades práticas de reconhecimento e análise de vestígios arqueológico, assim como atividades práticas de prospecção e escavação arqueológica não podem ser ensinadas à distância. Além disso, poucos cursos de especialização em arqueologia que são reconhecidos pelo Ministério da Educação atualmente. E, em acordo com a lei da regulamentação da profissão, a especialização em arqueologia não qualifica ninguém como profissional.

Os cursos de especialização são recomendados apenas àqueles que não tiveram oportunidade de se graduar em arqueologia, e querem se introduzir na área antes de tentar ingressar no mestrado ou doutorado em arqueologia, ou trabalharem na área como técnicos.

Ainda tenho dúvidas! Me ajuda?

Claro! Teremos prazer de tirar suas outras dúvidas (ou de pelo menos tentar). Basta enviar um e-mail pra gente:

arqueologiaeprehistoria@gmail.com

395 comentários

    • Olá, boa noite.
      Eu amo arqueologia, pelo fato de morar no interior e não ter acesso, tive que optar por fazer outros cursos. Eu sou formado em Sistemas de Informação e pós graduado em Planejamento, Implantação e Gestão da EAD. Existe alguma possibilidade eu fazer uma pós ou um mestrado em arqueologia?
      Obrigado pela atenção de vocês…
      Grande abraço.

      • Olá, Abimael. A maior parte dos programas de pós-graduação em arqueologia não possuem requerimentos em relação a área da graduação. Portanto, não há qualquer impedimento de fazer um mestrado em arqueologia, desde que o projeto apresentado por você seja dentro dos diversos campos da arqueologia.

  1. Muito bom os esclarecimentos. Parabéns!

    Mas, tenho dúvidas ainda….rsrs Só que em relação a trabalhos na área. Vamos lá. Ok! Supondo…. Fiz a graduação em Arqueologia. E agora? Existe algum tipo de registro profissional? Algum órgão púbico que tenho que me filiar? Posso abrir uma empresa e fazer trabalhos para emitir laudos Arqueológicos?
    Como funciona daí pra frente?

    obrigado.

    • Oi, Antônio.

      A regulamentação da profissão ainda está em andamento. Mas a princípio, você pode sim abrir uma empresa de arqueologia e emitir laudos. Não há necessidade de registro ou filiação nenhuma.

      • Eu sou apaixonado Pará ser arqueólogo e poder escavar ver as maravilhas da história mas não tenho condições de fazer estes cursos em minha cidade não ha e eu não tenho como ir para outra para poder fazer

      • JuCa, boa tarde

        Gostaria de saber se há a possibilidade de solicitar o registro profissional de arqueólogo junto ao MTE. Pergunto sobre esta hipótese, pois sei que sociólogos não tem conselho e conseguiram registro profissional junto ao MTE.

      • Oi, Marcelo.

        Você me pegou. Não faço a menor ideia de como isso funciona. Vou tentar me informar sobre isso.

        Abraços

  2. Olá, adorei o site. Confesso que estou surpreso, eu sempre achei que só fosse possível se tornar um arqueólogo se formando em História e, em seguida, por meio de uma especialização em Arqueologia. Se eu soubesse que é possível tornar-se um Arqueólogo sem ter que fazer todo esse “malabarismo acadêmico” eu já teria iniciado o curso antes, haha.
    Mas então, tenho algumas questões sobre a área. Como está o mercado de trabalho para o Arqueólogo? Quais os setores de trabalho possíveis? Eu não pretendo trabalhar em museus, empresas privadas ou coisas do tipo, eu pretendia mesmo a área da pesquisa “mão na massa”, trabalhar em sítios arqueológicos, principalmente em coisas que envolvem o Egito Antigo e da Antiga Mesopotâmia. É possível trabalhar com coisas específicas assim? E quanto ganha um arqueólogo atualmente? Eu sei que é importante cursar a área que gosta e ama, mas não adianta se formar na área e não conseguir emprego em lugar nenhum, não é mesmo? Quero me formar em arqueologia e ter a certeza que sempre terei onde/ como trabalhar.
    Outra questão também, quais são as especializações possíveis?
    Muito obrigado.

    • Oi Guilherme, algumas das suas dúvidas podem ser respondidas lendo estes outros textos que estão no site:

      1) https://arqueologiaeprehistoria.com/o-que-e-arqueologia/

      2) https://arqueologiaeprehistoria.com/subareas-da-arqueologia/

      Sobre Antigo Egito eu lhe recomendo entrar em contato com a Márcia Jamille, no site Arqueologia Egípcia (http://arqueologiaegipcia.com.br/). No site dela, e no canal do YouTube dela ela fala sobre como é estudar arqueologia egípcia no Brasil.

      Arqueólogos costumam ter um salário bom, principalmente os bem qualificados. Se você pretende fazer uma carreira acadêmica, você deve fazer também mestrado e doutorado (que irão servir para você se especializar em uma área específica) e posteriormente você poderá ingressar como professor e ou pesquisadores em um instituto de pesquisas, museu ou universidade, com um salário suficiente para viver tranquilo pro resto da vida.

      Abraços

  3. Olá, adorei o site. Confesso que estou surpreso, eu sempre achei que só fosse possível se tornar um arqueólogo se formando em História e, em seguida, por meio de uma especialização em Arqueologia. Se eu soubesse que é possível tornar-se um Arqueólogo sem ter que fazer todo esse “malabarismo acadêmico” eu já teria iniciado o curso antes, haha.
    Mas então, tenho algumas questões sobre a área. Como está o mercado de trabalho para o Arqueólogo? Quais os setores de trabalho possíveis? Eu não pretendo trabalhar em museus, empresas privadas ou coisas do tipo, eu pretendia mesmo a área da pesquisa “mão na massa”, trabalhar em sítios arqueológicos, principalmente em coisas que envolvem o Egito Antigo e da Antiga Mesopotâmia. É possível trabalhar com coisas específicas assim? E quanto ganha um arqueólogo atualmente? Eu sei que é importante cursar a área que gosta e ama, mas não adianta se formar na área e não conseguir emprego em lugar nenhum, não é mesmo? Quero me formar em arqueologia e ter a certeza que sempre terei onde/ como trabalhar.
    Outra questão também, quais são as especializações possíveis?
    Muito obrigado.

  4. Interessante matéria, mas pergunto: já graduado, como posso fazer para arrecadar fundos para uma tal pesquisa ou conservação de patrimônio?
    Posso recorrer à Lei Rouanet?
    Existe o “arrecadador de fundos” para o Arqueólogo? Ou serei eu mesmo?
    Quais seriam os “produtos/serviços” para que uma empresa se interesse em investir?
    Obrigado pela atenção. Não sei se perguntei demais…

    • Oi, Gustavo. Devo confessar que não entendo nada sobre Lei Rouanet. Mas acho que ela é só pra área de artes, e não de ciência. O modo como os arqueólogos brasileiros conseguem financiamento para suas pesquisas é através de bolsas fornecidas por instituições como a CAPES, CNPq, FAPESP, FAPERJ, etc. O trabalho dos arqueólogos nas empresas está relacionado à arqueologia preventiva, onde uma empresa (responsável pela futura destruição de uma área para construção de uma obra) contrata arqueólogos para realizarem o levantamento e (quando for o caso) escavação dos sítios arqueológicos encontrados na região.

      • Se você analisar a lei Rouanet no art 1, inciso VI lerá o seguinte:
        “preservar os bens materiais e imateriais do patrimônio cultural e histórico brasileiro;”
        Então, acho que esta pode ser uma boa opção.

  5. oi juca,sou medico ja na idade de aposentar-me e sempre .tive paixao por arqueologia.Como medico poderia fazer pos em arq.O que vc acha q seria melhor?Acha q so tendo feito graduaçao em medicina teria mtas dificuldades para acompanhar o curso?

    • Olá, Rene. Nenhuma graduação em outro curso é impedimento para realizar o mestrado ou doutorado em arqueologia. De fato, conheço um ex-médico que é hoje um dos arqueólogo mais renomados do mundo. A medicina, inclusive, deve lhe dar um suporte excelente no caso de você se interessar por bioarqueologia e osteoarqueologia. São pouquíssimos os profissionais que trabalham com remanescentes humanos no Brasil. Sua formação e experiência podem ser muito úteis para estudos de paleopatologia também, por exemplo.

      Abraços

  6. Olá, Gostaria de saber mais sobre investimentos nesta área, se não se importa.
    Fora a Lei Rouanet, já mencionada, existe algum mercado ávido por Arqueologia?
    Qual seria a empresa que mais “compra” este serviço?

    • Grosso modo: construtoras.

      MAS: Arqueologia não é um “serviço”, ela é uma ciência. Ela só é vista como um serviço na medida em que empreendimentos são construídos e antes disso uma equipe de arqueólogos deve ser contratada para ir até o local e realizar um estudo arqueológico antes de liberar a área para a construção. Nesses casos, as empresas (geralmente construtoras) financiam a pesquisa científica a ser realizada ante da obra. Isso está na lei. Mas a arqueologia também é realizada sem necessidade de uma empesa contratar os servições de uma equipe. Nesses casos, são pesquisas de equipes de instituições acadêmicas cuja pesquisa é financiada por instituições de fomento vinculadas ao governo federal ou estaduais.

      Enfim, arqueologia não é uma área para se investir em busca de lucro financeiro. Este não é o objetivo da ciência. Arqueologia deve ser financiada para que nosso conhecimento sobre as sociedades humanas (desde o seu surgimento até o período moderno) seja maior, a fim de que possamos compreender melhor quem somos hoje, como somo, porque somos, etc. Esse conhecimento, assim como a de qualquer outra ciência, será aplicado para desenvolver métodos e técnicas em diversas áreas que beneficiam as sociedades em geral (como na área da saúde, economia, desenvolvimento social, etc).

  7. Obrigado pela paciência. Estou aprendendo.
    Mas estou mais interessado em arqueologia de contrato mesmo.
    Acho que a arqueologia acadêmica não será meu forte, a não ser durante a graduação, claro. Se eu fizer, porque não tô vendo muita grana neste meio.
    Sei lá.
    Obrigado.

    • Como eu costume dizer. Se você só está em busca de dinheiro, não faça arqueologia, ou você realmente não será um bom profissional
      .

  8. Sempre achei Arqueologia fascinante, ao ponto de, mesmo sendo graduada em Física, fiz um lato sensu em Arqueologia Brasileira. Sofri um certo preconceito, não vindo dos colegas de classe, mas dos próprios arqueólogos, por ser alguém da área de exatas. Mas não me abati por isso, me mantive até o final do curso, e mesmo sem até hoje entregar o TCC, sinto que aprendi muito, e gostaria muito de me dedicar mais a essa área. Fiz um trabalho interessante, foi até publicado em um congresso internacional da minha atual área (Engenharia Nuclear, que faço doutorado), com ossos e técnicas nucleares. Espero que algum dia, todo esse preconceito entre humanas e exatas desapareça, para que possamos trabalhar em parceria e colher os melhores frutos.

    • Oi, Caroline. Esse tipo de preconceito, assim como qualquer um outro, é um absurdo, obviamente. Mas eu me arrisco a dizer que muito provavelmente os arqueólogos a quem você se referiu provavelmente não são formados em arqueologia. Eu digo isso pois durante a graduação em arqueologia uma das coisas que mais nós aprendemos é o quanto a arqueologia é uma disciplina interdisciplinar. Além de de que uma pós-graduação latu sensu é desnecessária para um arqueólogo já graduado, que prefere fazer a pós strictu sensu. A física é, cada vez mais, uma ciência cujas abordagens contribuem para as análises arqueológicas. Eu mesmo venho trabalhando com colegas da física e química para tentar entender a proveniência das rochas das quais são feitos alguns artefatos por exemplo. Parabéns pelo seu esforço e espero que você continue contribuindo com a pesquisa arqueológica. Inclusive, fique a vontade para divulgar sua pesquisa no nosso site. 😉

  9. Olá, parabéns pelo site e pelos esclarecimentos. Sou graduado em História, e sei que não é uma área específica da Arqueologia ou vice-versa, embora ambas sejam investigadoras do passado da humanidade, e possam ser complementares.
    Gostaria de uma opinião. Existe um curso em nível de especialização em Arqueologia, na Unisa, em São Paulo, e gostaria de saber se a o mesmo poderia ser usado como preparação para a prova de ingresso em um mestrado, dando os subsídios necessários que faltaram na graduação. O nome do curso é Arqueologia, História e Sociedade, UNISA, SP. No link abaixo, consta a grade oferecida no curso.

    Clique para acessar o modulos_arqueologia_historia_e_sociedade.pdf

    • Oi, Lino. As disciplinas parecem interessantes sim. Em teoria, eles devem servir para fornecer um panorama geral básico, principalmente pelo fato de que a maioria dos mestrados e doutorados não oferece todas as mesmas disciplinas que uma graduação ofereceria. Não acho necessário fazer essas disciplinas apenas para e preparar para a prova. Você pode fazer a prova apenas estudando a bibliografia recomendada em casa. A prova não é lá muito difícil, desde que você tenha lido tudo. A dificuldade mesmo é realizar o seu projeto de pesquisa, Nisso sim a especialização pode te preparar, te dando uma ideia de como funciona a pesquisa para aí sim, realizar sua pesquisa de mestrado e receber o titulo de arqueólogo (lembrando que a especialização não é suficiente para qualificar alguém para a profissão, apenas introduzir).

  10. Obrigado, pela pronta resposta! Sua sugestão de estudar a bibliografia também é interessante. Vou avaliar o que for mais pertinente para minha preparação, pois só penso em cursar o mestrado em 2018….o ano de 2017 será para me preparar para ele.

  11. Olá, tudo bem?
    Tenho interesse pelo assunto, e se possível, futuramente, queria cursar arqueologia. Eu pergunto se os cursos oferecidos no Brasil são de qualidade, e se formam um estudante de arqueologia tão bom quanto os mais proeminentes que temos atualmente, sendo que quase todos estudaram na França, EUA…

    • Oi, Henrique! De onde você tirou que os arqueólogos brasileiros mais proeminentes se formaram fora do Brasil? A verdade é que a graduação em arqueologia só passou a surgir no nosso país em 2005. Antes disso havia apenas uma graduação entre os anos 70 e 90 no RJ, e quase nenhuma pós graduação. Portanto, muito dos arqueólogos de hoje em dia tiveram que estudar fora, na maioria das vezes por falta de opção aqui no país, ainda mais sem ter uma graduação com especialistas nas áreas que cada uma poderia se interessar. Hoje temos especialistas de diversas áreas nos cursos brasileiros, de modo que os atuais estudantes só vão realizar estágios fora para suprir o enino que ainda não possuímos aqui. Da mesma forma, o Brasil hoje recebe estudante até da Europa para fazerem arqueologia aqui! Concluindo: Os cursos brasileiros (com algumas exceções) são de qualidade sim.

  12. Já exitem brasileiros doutores em Arqueologia? Porque regulamentação da profissão demora tanto?

    • Oi, Gustavo. Já existem brasileiros doutores em arqueologia há décadas!!! A regulamentação da profissão demora unicamente por causa da falta de interesse político. Com a mudança de presidência que ocorreu esse ano, e o bloqueio no repasse de verba para pesquisas e ensino universitário, estamos preocupados que o projeto para regulamentação que está atualmente no senado seja esquecido novamente…

      • Eu sou pós graduando em sociologia, e ando pensando em mestrado na área da arqueologia. Fui ver a lista da bibliografia do concurso 2017 da usp e não encontrei nada pra vender por aqui. Por isso perguntei. Numa dessas terei de procurar o depto in loco, pra ver se a biblioteca de lá me provém o necessário. Obrigado, cara!
        Feliz ano novo.

      • Bruno, a Biblioteca do Museu de Arqueologia e Etnologia sempre separa os textos da seleção para que os interessados tirem cópias deles. É só ir lá e pedir. Abraços

  13. Oi Juca!

    Moro em Juiz de Fora e na federal daqui não tem Arqueologia. Ano passado entrei no curso de Ciências Humanas, mas não gostei muito, nem cheguei a terminar o primeiro semestre. Eu realmente gosto dessa área, mas a turma era horrível. Disputa de egos, preconceito, entre outras coisas. Fiquei um pouco surpresa porque sempre achei que o povo de humanas era de boas, rsrs.
    Mas o fato é que esse ano quero voltar pra universidade e estou em dúvida entre cursar Física, Química ou Geografia, e gostaria de saber tua opinião sobre qual deles eu aproveitaria mais e melhor antes de um mestrado em Arqueologia, porque até lá eu já conseguiria juntar uma grana para me mudar e fazer isso, espero.

    Obrigada!

    • Olá, Camila!

      Essa disputa de egos existe mesmo. É horrível. Mas não é todo mundo e não é em todo lugar que é assim, não se preocupe. Dentre os cursos que você citou, geografia me parece o que você pode aproveitar um pouco mais do conhecimento, já que existe uma interdisciplinaridade da geografia com outras áreas – talvez a geografia física sendo a mais aproveitável. Fazer física ou química não vão te impedir de fazer arqueologia depois, inclusive precisamos de mais gente fazendo trabalhos relacionados destas áreas na arqueologia. Mas acho que na geografia você pode ter a oportunidade de encontrar professores que se interessem em te ajudar a aprender mais sobre arqueologia, como realizando uma iniciação científica.

      Abraços

      • Ah, entendi. Considerando também o que você falou, me identifiquei bastante com Geografia depois de conferir direitinho a grade curricular do curso, pois se aproxima bem mais do que gosto quando comparado aos outros.
        Muito obrigada por me elucidar mais sobre o assunto, Juca! Abraços!

  14. Olá,

    Primeiramente gostaria de agradecer pelo trabalho feito com este site. É uma fonte de informação muito coesa e necessária, uma vez que não achei outras fontes confiáveis pela internet.

    Segundamente: Me interesso pela arqueologia, porém devo vir a cursar a área somente após o ensino superior, e eis aqui que me saltam algumas dúvidas.

    No momento penso em cursar geologia como primeiro passo do meu caminho, mas não sei se ela seria a opção mais proveitosa possível. Será que tem como vocês me darem uma luz em relação a isso?

    • Oi, Felipe.

      Na verdade, os conhecimentos da geologia são indispensáveis em qualquer subárea da arqueologia que você opte por seguir no futuro. Logo, a geologia é, provavelmente, o curso com os conhecimentos mais aproveitáveis.

      Abraços

  15. Oi!
    O texto está muito esclarecedor e interessante, obrigada por compartilhar!
    Estou fazendo minhas inscrições no Sisu esse ano, mas não fiz UERJ, que e a única faculdade do rio que oferece o curso de Arqueologia. Se eu fizer Antropologia na UFF (Niterói) consigo fazer o mestrado em Arqueologia depois?

    • Consegue sim, Luna! De fato, num curso de Antropologia você ainda tem chances de realizar estágios de Arqueologia e quem sabe até concluir seu curso com um trabalho sobre arqueologia. Só tem que estar ciente que você terá aprender muita coisa por conta própria depois. Mas é totalmente possível sim.

      Abraços

  16. Olá,tenho 17 e parei aqui por acaso.. e estou cm algumas dúvidas sobre em que áreas me especializar adoro história e arqueologia porém n tenh nenhum conhecimento sobre a área, para dar o primeiro passo e ingressar na área arqueológica. Qual curso seria o mais indicado dos citados acima?

    • Oi, Lara. Nos últimos anos os cursos da FURG e da UFS são os que tem se destacado mais. Eu também não tinha conhecimento nenhuma na área, mas gostava de tudo que tinha relação com o tema. O primeiro passo é fazer o vestibular, e o conhecimento sobre arqueologia não é cobrado. relaxe.

  17. Acho que a forma como se referiu aos cursos de especialização não é positiva. As Pós-graduações Lato Sensu são reconhecidas pelo MEC (com mais de 360 hs) e sendo assim são cursos acadêmicos e universitários legítimos. De fato elas não formam Arqueólogos, porém o site erra ao dizer que estão voltadas apenas para os interesses empresariais. A função de um curso de Especialização Lato Sensu é acrescentar, ou introduzir, graduados em outros cursos, e que não tiveram Arqueologia na sua grade de disciplinas. Dessa forma cursos de especializações Lato Sensu são importantes para cientistas sociais, historiadores, geógrafos, biólogos, químicos e etc que querem começar a estudar Arqueologia, sem necessariamente ter que fazer uma outra graduação (o que é dispendioso e desnecessário voltar um grau na sua vida acadêmica). Como no Brasil existe uma defasagem enorme de graduações e é dificílimo o acesso a Arqueologia de uma forma geral, as Especializações cumprem um papel importante para a Arqueologia preventiva, formando técnicos mais capacitados e introduzidos nos estudos arqueológicos. Acredito que Especializações são importantes para formar técnicos e também abrir o caminho para o Mestrado, já que exigem a elaboração de projetos e monografias. Em São Paulo não existe graduação, mas a única Especialização em Arqueologia, (Arqueologia, História e Sociedade), a da UNISA, forma técnicos, mas também muitos destes depois vão para o Mestrado no MAE/ USP (como é o meu caso). Além disso, quem organiza e ministram as aulas dos cursos de especializações são acadêmicos e profissionais capacitados. Se não fosse a pós-graduação lato sensu, eu não teria como ter iniciado uma carreira na área, (5 anos na arqueologia preventiva, e agora o Mestrado). Só, isso, e fora isso, tudo é muito maravilho nesse site ! Parabéns !

    • Arqueologia a distância é impossível, Vanusa. Ninguém consegue virar profissional em arqueologia aprendendo à distância.

  18. Bom dia. Cursei um curso de Humanidades em Universidade Federal, onde existe um laboratório muito bom de Arqueologia, logo durante todo meu curso direcionei meus estudos inclusive meu TCC para arqueologia. Tambem durante a graduação e um tempo depois trabalhei com arqueologia, tanto em escavações como no monitoramento de obras. Mas minha graduação não me dá habilitação como arqueólogo. Gostaria de saber qual a melhor maneira de obter essa habilitação.
    Sei da possibilidade pelo mestrado, mas minha maior dúvida é quando à especialização. Surgiu uma pelo Instituto Cotemar, EAD, em Arqueologia e Cultura, gostaria de saber o que esta especialização me acrescentaria. Desde já obrigado.

    • Oi, Jefferson!

      A profissão ainda está sendo regulamentada. E de acordo com a regulamentação que deve sair em breve, uma especialização também não é suficiente. Alguns anos de experiência COMPROVADA são necessários. A melhor opção ainda é o mestrado. Lembrando que mesmo o mestrado não te habilitará para atuar como arqueólogo profissional, sendo necessário comprovar pelo menos mais dois anos de experiência. No teu caso, como você já tem atuado e direcionado seus estudos na área, você já pode ter a experiência comprovada.

      Abraços

      • Obrigado pela resposta, mas a título de confirmação.
        Com a experiência comprovada, tanto uma especialização como o mestrado me habilitariam para atuar como um arqueólogo profissional certo? Apesar de eu entender claro as diferenças entre o mestrado e o a especialização. Ainda pretendo fazer o mestrado, porem num futuro próximo penso que a especialização poderia me colocar mais rapidamente no mercado de trabalho. Sobre o tempo de experiência, seria de quanto tempo? Trabalho na área desde 2013, porem com carteira assinada desde 2015, mas nos trabalhos anteriores foram pela Universidade, a qual poderia pedir alguma declaração sobre os mesmo.

    • Tbm optei uma especialização. E acrescenta e muito!!! Até pq são poucos mestrados com concentração em arqueologia. Mas seguir para o mestrado tbm é uma Boa opção.

      • Por ter poucas opções que penso na especialização, mas sem deixar o mestrado de lado, seria um plano B, por assim dizer, pois o mestrado muito provavelmente exigiria de mim dedicação integral, mas com a necessidade de trabalhar no momento é complicado.

    • A especialização só habilita caso você comprove 3 anos de experiência profissional na área. E ela deve ser reconhecida pelo Ministério da Educação (o que não é o caso da grande maioria das especializações em Arqueologia).

  19. Oi, meu nome é Leonardo Gallego mas pode me chamar de Galles. Eu li muito a respeito sobre o seu site e fiquei com dúvida, meu sonho seria fazer arqueologia marinha, tipos de pesquisas de naufrágios, navios perdidos no fundo do mar. Mas não sei por onde começar e não sei se só estudar arqueologia me levaria a isso, pois pesquisei muito sobre esse assunto e algumas pessoas dizem que devo ir ao Rio de Janeiro estudar lá (moro na capital de SP) mas meu foco é trabalhar no fundo do mar, tem isso aqui no Brasil, ou algo do tipo, o que eu devo fazer afinal ???

  20. Eu moro em Montes Claros, M.G.tenho 50 anos, aposentada por ivalidez. Acidente
    De trabalho. Estou cursando ENSINO MÉDIO. Quero mim formar na área de pesquisas na medicina. Mas o meu tempo e curto. Conheço um sitio arqueologico secreto. Quero fazer arqueologia. Nao tenho recursos proprio, nem apoio. como posso levantar ….

    • Oi, Dionice. O curso mais próximo de você é o da UFMG, em Belo Horizonte. tente conversar com a secretaria do curo de lá. Abraços

  21. Boa noite preciso de uma informação importante é sobre graduação de arqueologia como sou de Limeira SP estou procurando uma graduação mais próximo de mim .pensei na Unesp de Ourinhos eu telefonei a meses atrás pedindo informação e me disseram que estavam aguardando o governador liberar verba para iniciar o curso, então pesquisei e vi que na UNIMES de Santos -SP ano passado havia formação de uma turma para iniciar esse ano o curso de arqueologia, e depois disso não fiquei sabendo mais nada se haverá formação de outra turma para o próximo ano, vcs saberiam me dizer se tem alguma informação sobre isso ?

    • Oi, Rober. Infelizmente não sabemos NADA sobre essa suposta graduação da UNIMES. Nem sabemos quem são os professores, e nem sequer se esse curso realmente abriu ou não. Procuramos informações, mas não obtivemos nenhuma também. De todo modo, a melhor recomendação é que você busque a graduação fora do estado de São Paulo. A maioria dos paulistas tem ido estudar na UFS.

      Abraços

  22. Gostaria de saber sobre arqueologia biblica,seria interessante se formar 1 em teologia e logo em seguida arqueologia?

  23. Boa tarde,

    Sempre tive muito interessante pela história das civilizações antigas, meu sonho era fazer arqueologia, infelizmente sou do interior de São Paulo e não temos esse curso aqui. Estou no terceiro ano de graduação em Psicologia, gostaria de saber se posso fazer um mestrado ou doutorado em arqueologia?

  24. Olá Juca sou o Rondnelson Ribeiro, gostaria de saber de você se tem outra forma de engreçar em um curso de arquiologia em uma universidade sem fazer o Enem, porquê este ano eu não me escrevi, e eu gostaria de cursar este curso. obrigado!!!

    • Oi, Rondnelson. Eu não sei qual é a função do ENEM hoje em dia, mas 10 anos atrás eu não precisei dele pra prestar o vestibular. Dê uma conferida na universidade que você pretende ingressar. Eles saberão te informar com todos os detalhes necessários.

      Abraços

      • Muito obrigado Juca foi um prazer conversar com você…

  25. Olá!!
    Bom, eu tenho uma dúvida meio louca. Eu comecei uma faculdade de arqueologia e estou gostando muito, mas estou pensativo. Enquanto a maioria está louca pra escavar, meus planos sempre foram outros: ingressar no meio acadêmico após um mestrado. Eu tenho meu emprego e só penso em viver de arqueologia quando estiver efetivamente dando aulas. Minha dúvida é a seguinte: eu sei que talvez até para ser professor eu precise comprovar tempo trabalhado na área e está tudo bem, eu passo 2, 5 anos fazendo trabalho de campo se precisar. Mas depois, conseguindo trabalho como docente, eu preciso continuar em campo, tipo, eu nao serei respeitado na área se me dedicar apenas a lecionar? Obrigado pela atenção!

    • Olá, Si. Sua pergunta é bem pertinente. Você com certeza não é a única pessoa que pensa assim. Talvez você já tenha notado, durante seu curso, que o trabalho de campo não é tudo. Bem, ele é essencial sim, pois sem escavações não temos quase nenhuma evidência para estudar, certo? Mas isso é apenas uma parte pequena do nosso trabalho. Duas semanas de escavação, dependendo do sítio, te fornecem material e dados o suficiente para mais de um ano de pesquisa em laboratório e escritório. Isso pensando só como um pesquisador. Se você se tornar um docente (assim como eu pretendo ser logo logo) a maior parte do seu tempo terá de ser, obrigatoriamente, dedicada a lecionar em classe, orientar alunos separadamente, corrigir provas e trabalhos, etc. Mas os docentes também devem dirigir/coordenar projetos de pesquisa. Mas ninguém disse que essas pesquisas devem ter atividades de campo. Tem muito docente que só trabalha com coleções de museu.Alguns escolhem não fazer campo. Outros não tem oportunidade de escavar porque não tem bolsas de pesquisa. E nenhum desses pesquisadores deixa de ser respeitado só por causa de fazer ou não campo. O respeito você ganha sendo um bom profissional. E se você é apaixonado pelo seu trabalho, você não tem como ser um profissional ruim, certo?

      Mas nem por isso você deve evitar fazer campos. Mesmo que você não pretenda coordenar escavações, é importante que você, enquanto estudante, participe de diferentes tipos de atividades de campo. Afinal, todo arqueólogo tem que ter uma boa noção de como funcionam estas atividades para poder ensina-las em sala de aula. E mesmo quando for docente, também é importante participar, mesmo que apenas uma vez ou outra, de algumas atividades de campo e laboratório para se atualizar dos novos métodos e técnicas, e evitar assim ser um daqueles docentes que só ensina métodos e técnicas ultrapassadas.

      Espero ter te ajudado a esclarecer isso.

      Abraços

      • Sim, é bem isso mesmo, trabalho de campo é a essência da profissão, mas meu medo era ter que passar o resto da vida fazendo isso o tempo todo. E vc sabe, um dia a idade chega e tudo o que vou querer é sombra e água fresca hahaha
        Obrigado pelos esclarecimentos!

  26. Olá!
    Gostaria da indicação de uma especialização em arqueologia, próximo do Espírito Santo.

    • Oi, Marcos. Não recomendamos especializações em arqueologia no Brasil, pois além de nenhuma delas ser reconhecida pelo MEC, elas são insuficientes para a formação e qualificação de profissionais em arqueologia.

  27. Aqui no Brasil existe a arqueologia da Grécia Antiga?, algum estudo ou pesquisa?Pois sou fascinado pela Grécia Antiga entre outros tipos, o Japão, Egito e etc.

  28. obrigado JuCa, obviamente e preciso fazer o curso da arqueologia para ser arqueologo, mais onde eu moro nao tem esse curso, queria sabe qual curso posso fazer para ser mais facil fazer uma graduaçao no futuro de arqueologia, voltado para a Grecia antiga? obrigado desde já

    • Mayk. Se a Grécia “Antiga” que você se refere é a do período histórico, você poderá aprender sobre isso num curso de História.

  29. OBRIGADO, Sim, é esse mesmo do período histórico. Queria saber também sobre esse curso de História, durante ou depois do curso tem uma especialização sobre tal área?

  30. Meu protesto ….essa tal de Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) (Rio de Janeiro, RJ) …….. é uma burocracia danada , uma complicação que não tem tamanho …a propria inscrição , vc não entende nada …. só uma dica : para quem pensa que é somente isso.
    só fazer inscrição , fazer a prova [ foi bem passou e faz a matricula ] = isso é simples né ……porem é muito mais complicado do que se imagina …. chega da raiva ……….. resumindo DEUS me livre da UERJ.

    • Não, pois não é possível tornar-se arqueólogo sem prática. O que exste, eventualmente, à distância são algumas aulas sobre determinados assuntos. Mas não um curso de graduação ou pós-graduação.

  31. Ola Joao, boa tarde (desculpe a falta de acentos, meu teclado esta com defeito e nao consigo acentuar ou colocar interrogacao e exclamacao em nada). Sou estudante de nutricao e tenho muito interesse por arqueologia. Ja li suas explicacoes anteriores, portanto nao vou repetir as mesmas duvidas. Compreendi a questao do mestrado e do doutorado. Voce acha que a graduacao em nutricao pode me permitir adentrar em alguma area especifica ou que esteja carente na arqueologia…estudamos a parte fisiologica, anatomia gastrica e digestoria dos humanos, alem dos alimentos em todas as suas modalidades, incluindo microbiologia dos alimentos,bromatologia e etc..pensei em bioarqueologia..ou mesmo a questao da alimentacao nas diferentes culturas e sociedades…

    • Oi, Max!

      Confesso que não sei qual é a grade básica de nutrição. Mas existem pelo menos 4 subáreas da arqueologia que, de alguma maneira, contribuem para o entendimento da nutrição em períodos antigos:
      1) Bioantropologia: Você pode estudar a alimentação a partir da análise da dentição humana (observando desgaste dentário e problemas de saúde bucal);
      2) Arqueometria: Você pode estudar a dieta principal dos seres humanos a partir da análise dos isótopos de amostras esqueletais;
      3) Arqueobotânica: Você pode estudar parte da dieta através da análise de micro-resíduos (como fitólitos e amidos) presentes nos dentes, nos artefatos de pedra lascada, nos vasilhames cerâmicos (panelas e pratos)e até mesmo nas fezes humanas (nos casos raros de preservação);
      4) Zooarqueologia: Você pode estudar parte da dieta através dos vestígios faunísticos, partes de esqueletos de animais que foram caçados e usados como alimento.

      Você pode saber mais sobre esses estudos neste link: https://arqueologiaeprehistoria.com/subareas-da-arqueologia/

      Abraços!

  32. Cara eu sou muito apaixonado pelo ramo, porém não há nenhum desses cursos em minha cidade e também não posso sair pois tenho meu emprego aqui. Mesmo sem diplomas pela minha curiosidade estudei muito histórias antigas, lugares inexplorados e seus perigos, tudo relacionado ao ramo, será que eu teria alguma chance? Sou do tipo que iria em busca de uma história mesmo que custasse minha vida acho que se fosse para mim descobrir algo novo como cidades perdidas, relíquias, qualquer achado histórico alguma coisa que eu seja um dos primeiros a estar vendo eu já poderia morrer ali mesmo que teria cumprido minha paixão pois não faço por lucro ou fama mas sim por intender nossos ancestrais, culturas, essas coisas.

    • Oi, Jeferson. Para trabalhar com arqueologia você, definitivamente, precisaria se deslocar da sua cidade. Viajar é algo muito recorrente na nossa profissão. Mas você pode auxiliar na arqueologia da sua cidade registrando sítios e artefatos.

  33. Oi, faltou a Universidade Federal do Rio Grande (FURG) na lista de instituições que oferecem graduação no curso!

    • Oi, Carla. Existem diversas especializações no Brasil. Mas como está escrito no texto, as especializações brasileiras não qualificam profissionais na área.

  34. Olá Juca,
    Está sendo um grande prazer para mim acompanhar os comentários e suas respostas. Sou socióloga, estou concluindo o mestrado em antropologia e acabo de me envolver num trabalho com uma equipe de arqueologia. Isso está me estimulando muito, e penso em me especializar na profissão. A dúvida é: qual nível de formação fazer? Uma graduação seria algo mais amplo, porém mto longo (mínimo quatro anos é dose!). Mestrado ou doutorado dariam um up na minha sequência de estudos, mas fico preocupada pela defasagem nas matérias básicas da graduação, que eu não teria. Será que poderia me dar um conselho? Agradeço muitíssimo!

    • Olá, Amateia. Realmente, a graduação é muito mais completa que um doutorado. Mas você não seria a primeira socióloga a começar arqueologia apenas na pós-graduação. Vindo da sociologia e da antropologia você já tem uma carga teórica das ciências humanas bem forte, e isso já é o suficiente para você, por conta própria estudar e entender a teoria arqueológica sem muitos problemas. Você ainda precisará estudar um pouco de métodos de campo e laboratório para fazer uma prova de mestrado ou doutorado. Eu creio que fazendo um mestrado e um doutorado em arqueologia, desde que você dedique um tempo extra para atividades interdisciplinares (ou seja, estudos e práticas que vão além do seu projeto de pesquisa, incluindo as principais subáreas dessa ciência) isso já será mais do que o suficiente para obter o “pacote básico” que uma boa arqueóloga deve ter. Talvez você consiga isso apenas no doutorado, mas certamente será mais difícil e cansativo. Abraços!

  35. De qual fonte foi retirada essa informação sobre a quantidade de cursos de arqueologia disponíveis no Brasil?

    • Oi, Raissa. As fontes são as próprias universidades. Sempre que um curso novo abre todos os membros da Sociedade de Arqueologia Brasileira ficam a par da situação. E como somos poucos arqueólogos no Brasil, praticamente todos os professores desses cursos se conhecem. e nós os conhecemos também. Abraços

  36. Gostaria de saber se posso trabalhar no Brasil como arqueologa out fazer um doutorado no Brasil se tenho graduacao em arqueologia e antropologia e mestrado em bioarqueologia e antropologia forense completados na Inglaterra. Gostar muito voltar a morar no Brasil e trabalhar ai. De preferencia continuar trabalhando com a minha especialisacao na area de arqueologia. Obrigada

    • Oi, Natalie! No seu caso você precisaria revalidar a sua titulação no Brasil. Quando você voltar você precisará entrar em contato com alguma instituição de ensino em Arqueologia para realizar essa revalidação. Abraços

      • Muito obrigada, por acaso voce sabe se alguem na USP poderia me ajudar com isso

      • Sim, Natalie. Entre em contato com o Programa de Pós-Graduação do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP. Eles costumam realizar esse processo para arqueólogos brasileiros formados no exterior.

  37. Olá! Gostaria de informar que tive conhecimento da existência de graduação em Arqueologia através dessa página, no início do ano passado (2017). Entretanto, já era um apaixonado pela Antropologia, sobretudo a brasileira, nacionalista. E no momento estou cursando Arqueologia na Federal de Sergipe, em Laranjeiras. Saí de Timóteo, Minas Gerais, depois de conseguir minha vaga pelo Sisu 2017. Sem mais delongas, o curso é fantástico, o campus é maravilhoso, e os professores são referências nacionais e internacionais. Para quem tiver mais interesse, no portal da UFS poderá encontrar a grade curricular do curso e o quadro de docentes. Pesquisem sobre suas carreiras!

    • Oi, Tatiana. Já fizemos uma reportagem sobre o assunto e divulgamos o edital há alguns dias. Confira nossa página inicial.

  38. Boa tarde!

    Sou o professor Marcus e resido na cidade de Araras-SP. Sou Bacharel com licenciatura em Ciências Biológicas e com mestrado em Geologia. Por favor, como proceder para estudar Arqueologia, sendo que a dificuldade é encontrar um local mais próxima a despeito de haver algumas sugestões. Em que vc pode me ajudar acerca disto?
    Grato….Marcus

    • Oi, Marcus. Eu te sugiro procurar o programa de pós-graduação em arqueologia do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP. Sua formação com certeza te auxiliará com um projeto de doutorado na área. Abraços!

  39. Boa tarde!

    Sou o professor Marcus e resido na cidade de Araras-SP. Sou Bacharel com licenciatura em Ciências Biológicas e com mestrado em Geologia. Por favor, como proceder para estudar Arqueologia, sendo que a dificuldade é encontrar um local mais próxima a despeito de haver algumas sugestões. Em que vc pode me ajudar acerca disto?
    Grato….Marcus

  40. Olá, gostei muito do seu texto, mas ainda fiquei com uma dúvida aqui… Sou formada em História e Biologia, com mestrado e Ecologia e recentemente fui contatada por uma empresa de Licenciamento Ambiental sobre a questão dos laudos de arqueologia presentes nos licenciamentos que precisam passar pelo IPHAN. Gostaria de saber qual formação eu preciso fazer, considerando minhas duas graduações, para poder assinar esses laudos, se bastaria uma especialização na área (e nesse caso qual seria indicada) ou se seria necessário mesmo um mestrado. Sei que não é o indicado, mas gostaria de saber se existe alguma alternativa em educação à distância, de universidades nacionais ou internacionais que não tenham um custo muito alto. Cheguei a ver algumas universidades do Reino Unido, mas no meu atual momento financeiro, pagar R$ 50.000 por um curso é surreal. Na verdade, estou considerando essa alternativa justamente porque ampliaria meu campo de trabalho e ajudaria a resolver a questão financeira aqui. Moro no norte do Rio Grande do Sul. Desde já, obrigada.

    Michele

    • Olá, Michele. Eu preciso atualizar o texto. A profissão já foi regulamentada. Para poder assinar esses laudos arqueológicos você precisa ser arqueóloga regulamentada. Ou seja, você precisa ser bacharel na área, ou pós graduada (mestrado, doutorado) com alguns anos de experiência legalmente comprovada na área. Especialização não é recomendada.

      Abraços

  41. Bom dia JUCa,eu sou estudante de História e de letras Português -Espanhol, moro na cidade do Chui, no estremo Sul do Brasil,RS. fronteira com Uruguai, é uma zona histórica, pelos acontecimentos desde 1724 , com a chegada do Brigadeiro Paes a esta fronteira e logo a construção do Forte de São Miguel em 1727 (hoje território Uruguaio, e construção da Fortaleza de Santa Teresa,anos depois (também no Uruguai), mas o fato é que em 1825, com as lutas de Independência do Uruguai, acontecerão muitos enfrentamentos, alem disso esta zona já estava decretada como “Campos Neutrais” pelo tratado de Santo Ildefonso em 1777, mas vou especifico ao ponto, minhas fontes de pesquisas me levam a o enfrentamento denominado “Sableada del Chuy” onde o Coronel Leonardo Olivera (Uruguaio) derrotou ao Coronel Bento Gonçalves, deixando aproximadamente 20 mortos em campo, mais um Capitão e um Sodado ferido em um rancho no Chui, esse enfrentamento foi no “Passo Real” no arroio Chui, onde hoje tem um marco de fronteira ( o 2º) delimitando o território brasileiro do Uruguaio o qual foi feito no acordo de 1851 e construído em 1853 pelo Marechal Soares de Andreia.Bom depois de contar um pouco os acontecimentos e fatos que eu tenho em meu poder, vou realizar algumas (escavações) em procura de vestígios, ou seja, tenho em meu conhecimento depoimentos de historiadores , esse acontecimento, mas em três versões diferentes e lugares que variam entre 300 e 500 metros, entre o Brasil e o Uruguai. minha pergunta JuCa , é se eu encontrar alguma coisa, poderia fazer Arqueologia, qual seria a área especifica, agradeço tua paciência. Ficando grato Luis Alberto.

    • Oi, Luis.
      A minha recomendação é que você não escave nada sem antes ter a devida autorização do IPHAN – o órgão do governo que regulamenta a pesquisa sobre o patrimônio arqueológico no Brasil. Apenas arqueólogos devidamente qualificado podem pedir autorização. Uma escavação sem o devido controle e realizada por não-profissionais é considerada destruição do patrimônio público, crime punível por muta e prisão. O mais certo a se fazer é contatar o IPHAN ou algum arqueólogo da sua região (na FURG existem vários profissionais). Abraços

      • Obrigado JuCa, pela informação, mas o arqueólogo vai fazer a escavação, com minhas fontes, o ele me autoriza a faze-las . Eu tenho que comprovar minhas fontes e achar um vestígio para poder confirmar minha tésis e assim confirmar o lugar exato dos acontecimentos, não como até agora, com três versões diferentes, ou seja só hipóteses. O então os arqueólogos se levam todos os louros , enquanto o historiador olha , com todo o respeito a essa profissão.Acho que fiquei um pouco avalado com isso, e começo a entender por que não descobrem o lugar exato das coisas ou demoram anos e anos até que as vezes os vestígios desaparecem.Eu tenho minha própria fase…Quanto mais você demora a procurar por algo, mais longe você estará para encontrá-lo. Um abraço.

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