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Uma antiga estrutura arqueológica foi arruinada por construtoras privadas.
Arqueólogos culpam duas empresas de construção pela a destruição de parte da pirâmide antiga no distrito de Lima de San Martin de Porres.
A pirâmide de El Paraiso, localizada perto do rio Chillon, é uma das mais antigas estruturas construídas nas Américas, composta por 12 pirâmides e cobre mais de 64 hectares.
O Arqueólogo Frederic Engel disse em um relatório que El Paraiso poderia ter abrigado entre 1500 e 3000 habitantes e exigiu mais de 100.000 toneladas de rocha para a construção, que foi tomada a partir das colinas que circundam a estrutura, e provavelmente foi usada para fins religiosos e rituais. A evidência mostra a cultura viva que havia a partir do final da Idade Pré-cerâmica (2000-3000 aC).
Apesar de sua óbvia importância para a cultura peruana, esta pirâmide foi derrubada e queimada mais tarde por vários grupos clandestinos que entraram no local, no último sábado.
O arqueólogo Marco Guillén Hugo estava no comando da pesquisa e escavação deste sítio e comunicou ao El Comercio que ele tinha razão para acreditar que duas empresas de construção privadas, Compañía y Promotora Provelanz E.I.R.L. e Alisol S.A.C Ambas, estavam por trás da destruição.
“Esta não é a primeira vez que eles tentaram assumir esta terra“, Guillén disse ao jornal. “Eles dizem que são os proprietários, mesmo que esta terra seja intocável.”
O Ministério da Cultura disse que, embora as empresas afirmem possuir a terra, está realmente sob controle estatal.
A destruição da pirâmide, os arqueólogos afirmam, foi uma perda irreparável para a cultura e a história do Peru.