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Crânio de Homo floresiensis: Wiki Commons
Uma recente análise comparativa 3D confirma o status de Homo floresiensis como espécie humana fóssil.
Desde a descoberta dos restos mortais, em 2003, cientistas têm debatido se o Homo floresiensis representa uma espécie Homo distinta, possivelmente proveniente de uma população de Homo erectus que passou por nanismo insular, ou um ser humano moderno patológico. O tamanho pequeno do seu cérebro tem sido defendido como resultado de uma série de doenças, principalmente da condição conhecida como microcefalia.
Com base na análise 3D de dados de pontos de referência da superfície do crânio, os cientistas da Universidade de Stony Brook de Nova York, do Centro Senckenberg de Evolução Humana e Paleoambiente, Eberhard-Karls Universität Tübingen, e da Universidade de Minnesota proporcionam apoio convincente para a hipótese de que o Homo floresiensis era uma espécie Homo distinta.
O estudo, intitulado “Homo floresiensis contextualizado: uma análise comparativa de morfometria geométrica de amostras de fósseis e patológicos humanos“, está publicado na edição de 10 de julho da PLoS ONE.
A ancestralidade dos vestígios de Homo floresiensis é muito discutida. As questões críticas são: Será que representam uma espécie de hominídeos extintos? Poderia ser uma população de Homo erectus, cuja estatura pequena foi causado por nanismo insular?
Ou, se o crânio LB1 pertence a um humano moderno com uma doença que resultou em um anormalmente pequeno cérebro e crânio? Explicações possíveis propostas incluem microcefalia, síndrome de Laron ou hipotireoidismo endêmico (“cretinismo”).
Os cientistas aplicaram os métodos poderosos da morfometria geométrica 3D para comparar a forma do crânio LB1 (sem a maxila inferior) com muitos fósseis humanos, bem como uma grande amostra de crânios humanos modernos que sofreram de microcefalia e outras condições patológicas. Métodos de morfometria geométrica 3D usam coordenadas de marcos anatômicos da superfície craniana, imagens de computador e estatísticas para alcançar uma análise detalhada da forma.
Homo floresiensis: Wiki Commons
Este foi o estudo mais abrangente até o momento para avaliar simultaneamente as duas hipóteses concorrentes sobre o status do Homo floresiensis.
O estudo constatou que o crânio LB1 mostra maiores afinidades com a amostra fóssil humana do que com os seres humanos modernos patológicos. Embora tenham sido encontradas algumas semelhanças superficiais entre o fóssil LB1 e os crânios humanos patológicos modernos, recursos adicionais ligaram o LB1 exclusivamente como Homo fóssil. A equipe poderia, portanto, refutar a hipótese de patologia.
“Nossos resultados fornecem a evidência mais abrangente até o momento que liga o crânio de Homo floresiensis com espécies humanas extintas fósseis do que com os seres humanos modernos patológicos. Portanto, o nosso estudo refuta a hipótese de que este espécime representa um humano moderno com uma condição patológica, como microcefalia“, afirmou os cientistas.
FONTE: http://www.heritagedaily.com/2013/07/one-more-homo-species/
Para saber mais sobre a pesquisa, é possível acessar ao artigo publicado na revista PLOS ONE neste link: http://www.plosone.org/article/info%3Adoi%2F10.1371%2Fjournal.pone.0069119