Arqueólogos do Instituto de Arqueologia e Etnologia (IAE) em Szczecin, Polônia, descobriram um fragmento de meteorito dentre os restos de uma cabana que datam mais de 9.000 anos, em Bolków perto do lago Świdwie na Pomerânia Ocidental.
Trata-se de um fragmento de meteorito de pirita natural com forma cilíndrica e superfície porosa, com lados ondulados. Ele tem uma altura de 8 cm, largura de 5,3 cm na base, e 3,5 cm na parte superior.
“O meteorito foi levado para o abrigo como um objeto especial, – que não é deste mundo -, o que deve ter sido óbvio para os homens contemporâneos, conhecedores de matérias-primas rochosas. A coisa tornou-se um objeto de crença, e talvez até de magia xamânica” – disse o Prof. Tadeusz Galinski do IAE, chefe do projeto de pesquisa. De acordo com o ele, este é o primeiro meteorito encontrado na história da arqueologia.
Segundo o professor, o fragmento descoberto é surpreendentemente pesado. “Além disso, a forma do perfil lateral sugere várias associações, a pessoa que o encontrou milênios atrás provavelmente viu nele uma forma misteriosa mundo dos espíritos” – acrescentou o cientista, sempre associando a descoberta a algum tipo de ritual.
A descoberta foi acompanhada por inúmeros instrumentos de pedra, madeira, osso e chifre, e um grupo de objetos associados com a cultura espiritual: um amuleto, uma ponta de lança de osso com o ornamento gravado e um artefato denominado como varinha mágica feita de chifre, decorado com motivos geométricos.
Além dos restos da cabana principal, que continha o meteorito, os arqueólogos descobriram uma segunda com estrutura quase idêntica. Em ambas, escavadas na camada de turfa, na parte central foram preservados vestígios de fogueiras.
Escavações em Bolków são realizadas há vários anos. A descoberta do meteorito foi feita durante o trabalho do ano passado, mas só agora, graças a estudos especializados, os pesquisadores foram capazes de determinar a origem do objeto incomum.
O projeto de pesquisa é financiado pelo Ministério da Ciência e Ensino Superior no âmbito do Programa Nacional para o Desenvolvimento de Ciências Humanas, da Polônia.
FONTE: PAP