Uma equipe de pesquisadores, liderada pelo bioantropólogo André Strauss (Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, Alemanha), publicou recentemente um artigo que trata de registrar a complexidade dos rituais em sepultamentos humanos do famosos sítio arqueológico Lapa do Santo, localizado na área de proteção ambiental de Lagoa Santa, Minas Gerais, Brasil. O artigo foi publicado na revista científica internacional Antiquity.
O sítio Lapa do Santo vem sendo escavado por uma equipe vinculada ao Laboratório de Estudos Evolutivos e Ecológicos Humanos do Instituto de Biociências, USP, desde 2001. O sítio foi ocupado por grupos humanos desde 10.500 anos atrás, e mais de 30 sepultamentos já foram encontrados. Neste artigo são registrados 26 deles, divididos em 6 padrões mortuários identificados. De acordo com Strauss e seus colegas, os mortos tinham suas partes manipuladas e organizadas de forma bem elaborada, e nenhum outro sítio arqueológico deste mesmo período no Brasil apresenta uma complexidade ritual semelhante para tratar dos mortos. Dentre os sepultamentos encontrados foram identificados indivíduos inteiros e articulados e outros com marcas de decapitação e sobreposição das mãos na cabeça, um crânio cortado em forma de tigela com dentes de outros indivíduos dentre dele, e até mesmo uma mandíbula com furos nas extremidades laterais, etc.
Junto com o artigo, os autores ainda forneceram materiais suplementares, incluindo um segundo artigo que trata de realizar uma caracterização generalizada de todos os estudos já realizados no sítio e dos vestígios provenientes dele (como estudos de cronologia, zooarqueologia, indústria lítica, formação de sítio, análise isotópica e morfologia craniana). Informações completas e mais detalhadas sobre estes e outros estudos já foram publicadas em outros artigos ou ainda serão publicadas em breve.
Para acessar o artigo original e os materiais suplementares acesse o link abaixo (infelizmente, esta revista não fornece o artigo gratuitamente para todos):
PS: Já ouviram falar num site chamado sci-hub?
Paus nos cus deles. O mínimo de disponibilizar o artigo gratuitamente. Fora estrangeiros
Calam Niédo! Sem xenofobia! A culpa não é dos autores do artigo. EU sou um dos autores, inclusive. Legalmente, nós não podemos distribuir o artigo gratuitamente se ela não for uma revista “open access”. Como autor do artigo também NÃO posso sugerir pra você um site chamado “sci-hub” onde você poderia simplesmente copiar o link do artigo, dar um enter, e baixa-lo de modo pirata (assim como se faz muito com filmes e músicas). 😉
Coloca no Academia.edu Juca!!
Na prática, ninguém respeita esses contratos de exclusividade, tem um artigo meu ai na net que tão cobrando U$40,00! E eu nunca recebi nada! Coloquei lá!
Eu pensei em fazer isso mesmo. mas tô esperando o autor principal colocar.