Astolfo Araujo e Letícia Correa, ambos do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE-USP), publicaram recentemente, no novo periódico internacional de divulgação científica Palaeoindian Archaeology, um artigo sobre as pequisas em andamento no sítio arqueológico Bastos, localizado no município de Dourado, Estado de São Paulo. Este é o sítio arqueológico mais antigo já registrado no estado até o momento.
O Sítio Bastos obteve datas entre 12.600 e 7.600 anos de idade. A indústria lítica é composta de lascas em arenito silicificado com pouco retoque unifacial e ausente de artefatos formais. De acordo com os pesquisadores, o sítio provavelmente representa uma área de habitação próxima a um terraço de rio, posteriormente recoberto por um evento de colúvio.
A remontagem de peças atesta a integridade do posicionamento espacial do material arqueológico. Este é o sítio mais antigo encontrado em São Paulo, e contemporâneo a outros sítios antigos, como os da região de Lagoa Santa e Pains no estado de Minas Gerais. No entanto, a indústria lítica não se relaciona com as encontradas nessas áreas, sugerindo a existência de um grupo distinto de Paleoíndios.
De acordo com os autores, as escavações ainda não atingiram níveis estéreis (ou seja, sem presença de artefato arqueológicos). Portanto, as escavações devem continuar de modo que datas mais antigas para o sítio possam ser obtidas.
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